ROSICRUCIANISMO

De Oceanside, na Calífórnia, E. U .A., a viúva de Max Heindel, finado apóstolo do Rosicrucianismo moderno, distribui as reimpressões (com direitos autorais reservados) dos profundos e volumosos tomos de seu marido: The Rosicrucian Cosmo-Conception or Mystic Christianity (606 págs.), The Rosicrucian Philosophy in Questions and Answers(426 págs.), The Rosicrucian Christianity Lectures (347 págs.) e inúmeros panfletos e cursos por correspondência.
Talvez haja ligeiro conforto em se saber que também os Rosicrucianos são divididos uns contra outros. A senhora que' me vendeu os livros informou-se que a "AMORC" já perdeu o direito ao nome de Rosicrucianos porque "eles comercializam a religião, ao passo que nós cobramos apenas os lívros." (No terceiro andar do Edifício Arcade em Seattle, o obreiro cristão médio poderá assistir a uma cena de lhe fazer esfregar os olhos: Rosicrucianos, Baha'is, a Escola Unidade de Religião, Astrólogos, Espíritas, todos têm seus estúdios; e cada estúdio possui não só uma mesa ou estante Com literatura, mas também cadeiras arrumadas em estilo de sala de aulas: os sectários, evidentemente, são de opinião que a religião pode ser ensinada. Tivessem as igrejas evangélicas realizado mais ensino doutrinário, e haveria hoje menor número de vítimas de todas essas seitas estranhas.)
Ela me informou também que tinha sido "membro da Igreja Mãe durante vinte-cinco anos antes de filiar-se à Liga Rosicruciana" e que fez a mudança "porque aqui a verdade é ensinada com muito mais clareza." Isso logo dá a entender que o Rosicrucianismo e a Ciência Cristã são relacionados, e de fato o são, como também são relacionadas entre si todas as formas de panteísmo.
Do ponto de vista médico-religioso eu daria preferência ao Rosicrucianismo sobre a Ciência Cristã porque, tudo de acordo com a natureza da enfermidade e o pendor do doente, ser-me-ia permitido escolher entre a consulta a um praticante da Ciência Cristã, um exponente da Cura pela Fé de alguma outra espécie de "matéria médica usada em conjunto com a Astrologia," ou mesmo "tentar a cura dos males que nos acometem, de outra qualquer maneira possível que nos agrade."
Como cristão, porém, não preciso escolher entre a Ciência Cristã e o Rosicrucíanismo, preferindo os ensinos claros e suficientes das Escrituras que deixam sem explicação, a respeito da forma da volta de Cristo e o porvir, para a fé satisfazer-se por enquanto sem a vista; e assim não há necessidade das extravagâncias mal-fundadas do oculto.
É talvez nesse ponto que tocamos no fruto fundamental da "Filosofia Rosicruciana". Não existe literalmente nada que essa gente não saiba e não explique. Ficamos maravilhados com as pacientes pesquisas e a parolagem infinda que apresenta uma corrente sem fim de fatos e assuntos, tudo se encaixando jeitosamente dentro dos limites desse sistema que tudo abrange. E é claro que não existem argumentos em contrário às informações derivadas de fonte "oculta". Se não acreditamos, estamos simplesmente do lado de fora.

A Rosa Cruz

O próprio nome da seita é uma ilustração apropriada dessa misteriosa capacidade para interpretar todas as cousas e fazê-Ias entrosar. Acontece que no século treze um homem chamado Christian Rosenkreuz começou a expor à luz do dia ensinos que anteriormente tinham sido promulgados unicamente em secreto. Christian Rosenkreuz: que nome para malabarismos! Ele fundou a misteriosa ordem de Rosicrucianos com o objetivo de lançar luz oculta sobre a mal-entendida Religião Cristã e de explicar o mistério da Vida e do Ser do ponto de vista científico em harmonia com a Religião.
Tudo isso, como se percebe, podia ter sido escrito por um teosófico Rogers ou Sinnett - tudo menos o "nome simbólico de Christian Rosenkreuz."
Os Rosicrucianos tiraram da Cruz o seu escândalo - a isso chamam de Cristianismo esotérico! A Cruz não deve ser interpretada como emblema do sofrimento e do vitupério:
assim afirma o espantoso relato desse "Cristianismo místico".
Que é então que a Cruz representava e representa?
Pergunte a Platão, que foi um iniciado e escreveu: "A alma universal está crucificada." Com essas palavras, segundo nos informam, o filósofo grego emitiu verdade oculta. E que é essa verdade? Que "a Cruz é simbólica das correntes de vida que vitalizam os corpos das plantas, do animal e do homem;" é "simbólica da evolução passada, da constituição atual e desenvolvimento futuro do homem."
"O reino mineral abrange toda substância química, seja qual for sua espécie, de maneira que a Cruz, seja de que material for, é o primeiro símbolo desse reino.
"A peça inferior e vertical da Cruz é O símbolo do reino vegetal porque as correntes dos espíritos de grupo que dão vida às plantas provêm do centro da terra onde esses espíritos de grupo se localizam e donde alcançam a periferia de nosso planeta e penetram no espaço.
"A peça superior da Cruz é o símbolo do homem, porque as correntes de vida do reino humano descem do sol através da espinha vertical. Assim o homem é a planta invertida, pois como a planta toma seu alimento através da raiz, transferindo-o para cima, assim o homem toma sua nutrição através da cabeça, transferindo-a para baixo. A planta é casta, pura e sem paixão, estendendo seu órgão criador, a flor, casta e desavexadamente em direção ao sol, objeto de beleza e de deleite. O homem volta seu apaixonado órgão generativo na direção da terra. O homem inspira o oxigênio vitalizador e expira o venenoso óxido de carbono.
A planta toma o veneno expirado pelo homem, edifica com ele seu corpo e devolve-nos o elixir da vida, o oxigênio purificado.
"Entre a planta e o reino humano está o animal com a espinha horizontal, e nessa espinha horizontal desempenham seu papel as correntes vitais do espírito-de-grupo animal, circulando em torno do globo. Portanto a peça horizontal da Cruz é o símbolo do reino anímaí. (The Rosicrucian Philosophy, pág. 202.)
"O animal, que é simbolizado pela peça horizontal da Cruz, fica entre a planta e o homem. Sua espinha está na posição horizontal e perpassam-na as correntes do espírito-de-grupo animal, que circundam a Terra... "A fim de conservá-to firme e fiel através da adversidade, a Rosa-Cruz mantém erguida, qual inspiração, a gloriosa consumação reservada para aquele que vencer, e aponta Cristo como Estrela da Esperança, as 'primícias,' que lavrou aquela jóia mais preciosa de todas, a Pedra Filosofal enquanto habitava o corpo de Jesus.
Assim, pois, se interpreta o emblema rosicruciano: A Cruz e também a Estrela que lhe serve de fundo; enquanto que a grinalda de rosas em volta do centro da Cruz aponta ainda outro simbolismo. "Na forma em que é representada por uma única rosa no centro, simboliza o espírito irradiando de si os quatro veículos: os corpos denso, vital e dos desejos, mais a mente; onde o espírito se retirou para dentro de seus instrumentos e se tornou o espírito humano residente no Íntimo." Mas houve tempo em que essa condição não tora atingida e quando o trino espírito pairava acima de seus veículos, não podendo ingressar neles. Então a Cruz permanecia sozinha, sem a rosa, simbolizando a condição que prevalecia durante o primeiro têrço de Atlante.
Houve mesmo um tempo em que faltava a peça superior da Cruz e a constituição do homem era representada pelo Tau (T). Isso foi na Era dos Lêmures, quando ele tinha apenas os corpos denso, vital e dos desejos, porém lhe faltava a mente. Então predominava a natureza animal. O homem seguia sem reserva o desejo. Em tempo ainda mais remoto, na Era Hiperbórea, faltava-lhe também o corpo do desejo; ele possuía unicamente os corpos denso e vital. Então o homem-em-cohfecção era como as plantas:
casto e sem desejo. Nessa época sua constituição não podia ser representada por uma Cruz: simbolizava-a uma haste ereta, uma coluna (I).
Pensamento e voz, informam-nos mais, são ambos criadores, porém a faculdade criadora egoísta e dominadora (simbolizada pela laringe, no cruzamento de cabeça e corpo) há de ceder lugar a uma força criadora menos egoísta. Nessa altura é que entram as rosas; pois "a rosa, como qualquer outra flor, é o órgão generativo da planta. Sua haste verde transporta o sangue da planta, sem cor nem paixão.
A rosa cor-de-sangue demonstra o sangue cheio de paixão da raça humana, mas na rosa o fluído vital não é sensual: é casto e puro. Assim é excelente símbolo do órgão gerador no estado puro e santo a que o homem atingirá quando tiver purificado do desejo seu sangue, quando se tiver tornado casto, puro e semelhante a Cristo."
Assim temos a Cruz, a peça comprida representando o corpo, as duas horizontais os braços, e a curta peça superior a cabeça, com o círculo de rosas em tórno do centro em lugar da laringe. "Portanto os Rosicrucianos almejam ardentemente o dia em que as rosas florescerão sobre a cruz da humanidade; portanto os Irmãos Mais Velhos saúdam a alma aspirante com as palavras da Saudação Rosicruciana:
"Floresçam as Rosas na tua Cruz," e portanto é proferida a saudação nas reuniões dos Centros da Liga pelo líder aos estudantes, noviços e discípulos reunidos, os quais correspondem à saudação dizendo: "E também na tua."
É tudo muito profundo, bem esotérico e supremamente apropriado ao nome de Christian Rosenkreuz do século treze. Talvez, porém, o nome não tenha sido tão fortuito quanto um estranho possa imaginar: somos informados de que esse Sr. Rosenkreuz, ou melhor, o Ego que nele habitava, já era então "um ensinado r espiritual elevado." Seu nascimento como Christian Rosenkreuz apenas marcou o início de nova época na vida espiritual do mundo ocidental.
E dali para cá ele tem "tomado um novo corpo à medida que seus sucessivos veículos sobreviviam sua utilidade, ou as circunstâncias têm tornado conveniente que ele mudasse a cena de suas atividades. Ele inspirou as obras de Bacon (embora através de um intermediário), e iluminou o místico Jacob Boehme. Hoje também ele se acha encarnado, um Iniciado de elevado grau, um fator ativo e potente em todos os negócios do Ocidente - embora desconhecido pelo Mundo" (1909, mas ainda constante da edição de 1944 do Cosmo-conception) .
De acordo com tal simbolismo, emblemas cristãos de longa data são encaixados no sistema. "No esoterismo, a Cruz jamais foi considerada instrumento de tortura, e foi somente a partir do século 6 que apareceu em quadros o Cristo crucificado. Antes disso o símbolo de Cristo era uma Cruz com um cordeiro repousando ao pé dela, para transmitir a idéia de que, na ocasião em que Cristo nasceu, o sol no equinócio vernal atravessava o equador no signo de Aries ou Cordeiro. .. Alguns alegavam que o equinócio vernal por ocasião de seu nascimento estava realmente no signo de Pisces, ou Peixes, e que o símbolo de nosso Salvador devia ter sido um peixe. É em memória dessa polêmica que a mitra do bispo ainda toma a forma da cabeça de um peixe."
Ao apóstolo João evidentemente faltava essa informação oculta, e na sua ignorância ele interpretou o Cordeiro no estilo do Antigo Testamento, como sacrifício que tira o pecado do mundo. E os primitivos cristãos, que, receosos de serem traídos ao inimigo, desenhavam um peixe na areia para ver se alguém, compreendendo, correspondia, interpretando o símbolo do peixe assim: ICHTHUS (grego de "peixe"): I(esous) CH(ristos) TH(eou) U(ios) S(oter), ou seja, Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador.

Os Mundos

Essa explicação da Cruz, contudo, contém alusões suficientes a outras doutrinas rosicrucianas para nos lançar a uma exposição mais completa, se bem que muito resumida, desse complicado sistema de pensamento. Pois já ouvimos dos vários corpos do homem, de muitos espíritos, da evolução através da reencarnação, e de muitas raças.
Há sete Mundos que em conjunto compõem o Universo.
Cada um deles responde a leis que são praticamente inoperantes nos outros. Por exemplo, as leis da gravidade, da contração e da expansão, às quaís está sujeita a matéria no Mundo Físico (o mais baixo), não existem no seguinte que é o Mundo do Desejo. Nem tampouco existe ali frio ou calor.
Cada Mundo subdivide-se em sete Regiões ou subdivisões da matéria. No Mundo Físico temos formas mais densas, a saber: sólidos, líquidos e gases; e também quatro éteres de diferentes densidades. Mas o éter ainda permanece uma matéria física. Os quatro éteres em conjunto constituem a Região Etérica. Acima de tudo isso está o Espírito Universal, que se expressa no mundo visível como quatro grandes caudais de Vida, em diversas etapas de desenvolvimento.
1!;sse quádruplo impulso espiritual molda a matéria química da Terra, plasmando-a nas variadas formas dos quatro reinos: mineral, vegetal, animal e o homem.
A Região Etérea do Mundo Físico é tão tangível para o clarividente como são os sólidos, líquidos e gases da Região Química para as pessoas comuns. O clarividente enxerga quatro éteres: Éter Químico, Éter Vital, Éter de Luz e Éter Refletor. De preferência à invenção de instrumentos para aprender os segredos da natureza (a exemplo do cientista), o ocultista quer desenvolver o próprio pesquisador.
Assim podemos verificar que nossos sentidos ou faculdades podem tornar-se o "sésamo aberto" na busca da verdade.
Os sentidos educados do clarividente vêem claramente a interação do corpo físico e o etérico do homem.
Por exemplo, o Éter Químico expele do corpo físico do homem os materiais contidos no elemento que são impróprios para o uso (polo negativo) e também assimila aquilo que pode ser incorporado no corpo (polo positivo).
O Éter Vital, também funcionando através de polos positivo e negativo, cuida das forças de propagação, o positivo funcionando na fêmea durante o período de gestação, e o pelo negativo de vida possibilitando ao macho a produção do sêmen.
O Éter de Luz opera negativamente através dos sentidos, manifestando as funções passivas da visão, audição, percepção, paladar e olfato; também constrói e nutre o olho; positivamente, é a avenida das forças que fazem circular o sangue.
Nas plantas e nos animais o Éter de Luz é responsávelpela cor.
O Éter Refletor tem em si os reflexos da memória da natureza (como as samambaias gigantes da meninice da Terra deixaram seu retrato nas camadas do carvão). Mas nenhum clarividente gosta de ler nesse livro de memórias, porque os quadros são apagados. Médiuns espíritas e psícômetros podem ser obrigados a cuidar disso: o clarividente rosicruciano eleva-se a maiores alturas, sabendo que nos Mundos mais elevados a natureza tem memórias melhores.
O Mundo do Desejo, como o Mundo Físico e como todas as outras esferas da natureza tem as sete subdivisões chamadas Regiões, porém não tem as quatro grandes divisões etéreas. "Matéria de desejo" no Mundo do Desejo persiste através de suas sete subdivisões ou regiões como material para íncorporação do desejo.
Os desejos, quereres, paixões e sentimentos do homem exprimem-se através dessas sete regiões de "matéria de desejo," que é apenas um grau menos denso do que a matéria do Mundo Físico. Não é matéria física mais fina: antes está em movimento incessante, ao passo que a matéria do Mundo Físico é inerte. O Mundo do Desejo é luz e cor sempre permutante, em que se entre cruzam forças do animal e do homem com as forças de inúmeras Hierarquias de seres espirituais que nos amoldam os desejos. Nossos desejos por sua vez criam interesse. Interesse, uma vez completamente despertado, inicia as forças de atração e repulsa.
Observe-se agora a seguinte citação textual, a fim de salientar a semelhança notável entre o ocultismo "ocidental" e o Cristianismo "oriental", "esotérico".
"Os Mundos Físicos e do Desejo não são separados um do outro por espaço. Ficam 'mais juntos do que pés ou mãos.' Não é necessário mover-se para passar de um para o outro, nem de uma Região para outra. Do mesmo modo que sólidos, líquidos e gases estão todos juntos em nosso corpo, interpenetrando uns aos outros, assim também são as diferentes Regiões do Mundo do Desejo dentro de nós."
O Mundo do Pensamento também consiste em sete Regiões de várias qualidades e densidades. Como o Mundo Físico, o Mundo do Pensamento é dividido em duas partes principais: a Região do Pensamento Concreto, que compõe as quatro Regiões mais densas, e a Região do Pensamento Abstrato, que compreende as três Regiões da mais fina substância.
Pensa-se em tudo isso como composto, se não do material, pelo menos de "matéria mental". As formas mentais funcionam "como reguladores e balanços sobre os impulsos engendrados no Mundo do Desejo por impactos vindos do Mundo fenomenal."

A Evolução do Homem

Quanto à evolução do homem e ao crescimento da alma, encontramos aqui uma relação mais sensata do caráter dos sonhos do que encontramos na Teosofia. Quando, durante o sono, o corpo do desejo não se retira completamente do corpo vital mas permanece ligado a ele, o veículo para a percepção sensual e a memória têm seu "eixo desalinhado", resultando que a memória fica confusa. Pois o sono é justamente isso: a retirada dos veículos mais elevados do corpo denso) que então consegue o repouso e oportunidade para refazer-se.
A Morte já é outra cousa diferente. Aí os veiculos mais elevados deixam mais completamente o corpo denso, embora permaneçam por algum tempo ligado através da "corda de prata". Uma. extremidade da corda de prata está ligada ao coração por meio do átomo semental, e é o rompimento do átomo semental que leva o coração a parar. A corda em si não se rompe até que tenha sido revisado o panorama da vida passada, contido no corpo vital. Por ocasião da morte, o corpo denso perde peso ímedíatamente, porque se retirou não a alma e sim o corpo vital.
No corpo vital o homem possui ainda todos os seus desejos, porém falta-lhe o órgão para satisfazê-las. Isso causa os sofrimentos do purgatório: por exemplo, o avarento poderá pairar sobre seus títulos e ações em seu corpo do desejo invisível, procurando segurá-Ias, porém seus parentes o penetram por completo e os levam embora. Ele poderá mesmo ouvi-Ias zombando do "pão-duro do velho." Um beberrão poderá penetrar o corpo denso de um bebedor no bar, porém faltam-lhe o estômago e os órgãos do paladar.
Por isso apenas muito relativamente pode satisfazer seu desejo pela bebida.
Assim, através do sofrimento, a pessoa falecida finalmente aprende a desprezar e abandonar os vícios de seus dias anteriores sobre a terra, e torna-se preparado para ir para o céu.
Contudo, há três céus, da mesma forma que havia três regiões cio Mundo do Desejo (purgatório). No primeiro céu, localizado nas três regiões mais elevadas do Mundo do Desejo, os resultados dos sofrimentos da alma são "incorporados no átomo semental do corpo do desejo, emprestando-lhe assim a qualidade de bons sentimentos, que funciona como impulso do bem e impedimento do mal no futuro."
"Por fim o homem, o Ego, o t.rino espírito, entra no segundo céu. Ele está revestido da bainha da Mente, que contém três átomos sementais, a quinta-essência dos três veículos alijados." Por ocasião da chegada no segundo céu segue-se "o grande Silêncio", e, após esse período de admiração, o despertamento. O espírito agora está em seu Mundo natural. Aí ouve "a música das esferas" e aprende a efexuar trabalhos múltiplos. Prepara-se para a vida seguinte.
Antes, porém, da reencarnação, o espírito precisa primeiro habitar no terceiro céu, a região mais elevada do Mundo do Pensamento.
Mas por que o espírito humano precisa ter a experiência de novo "mergulho na matéria"? Porque o objetivo da vida não é o prazer e sim a experiência, que é o conhecimento dos efeitos que se seguem a atos. Se eu não sentisse dor ao pôr a mão sobre um fogão quente, minha mão poderia consumir-se sem que eu o soubesse; mas agora minha experiência me ensina a tomar mais cuidado da próxima vez.
Seria por demais demorado falarmos dos "preparativos para re nascimento." Basta dizer que cada renascímento (que ocorre mais ou menos de mil em mil anos) inicia pelo nascimento do corpo denso; que o corpo vital se forma dentro daquele no sétimo ano; que o corpo do desejo, é formado por ocasião da puberdade, e que a mente não se completa senão no vigésimo-primeiro ano.
Como a Região Etérea se estende além da atmosferade nossa densa Terra, o Mundo do Desejo estende mais longe no espaço do que a Região Etérea, e o Mundo do Pensamento mais longe para dentro do espaço interplanetário do que qualquer dos outros, assim também os sete Mundos e Planos Cósmicos não se encontram um acima do outro no espaço, mas os sete Planos Cósmicos interpenetram uns aos outros e a todos os sete Mundos. São estados de matéria do espírito, permeando uns aos outros, de modo que Deus e os outros Grandes Seres não estão muito longe no espaço.
Permeiam todas as partes de seus próprios reinos e dos reinos de maior densidade do que os seus. (Aqui é citado o apóstolo Paulo: "Nele vivemos e nos movemos e existimos.") O Grande Ser chamado Deus "procede da Raiz da Existência".
Ele é o Absoluto, mas "positivamente não é Cristo". Esse triplo Ser Supremo existe como Poder, a Palavra e Movimento; e desse triplo Ser Supremo procedem os sete Grandes Logoi. No Mundo Mais Elevado do sétimo Plano Cósmico reside o Deus do nosso Sistema Solar e os deuses de todos os outros Sistemas Solares do Universo.
Esses grandes seres são também triplos em manifestação: seus três aspectos são Vontade, Sabedoria e Atividade.
Como o auxílio de diagramas (retratos de cousas vistas em estado clarividente), somos informados da evolução da terra e de seus habitantes, e com tudo isso está de acordo uma "análise oculta do Gênesis."
Em cada Período de evolução há aqueles que "se atrasam" - os extraviados. Assim "os macacos inferiores, ao invés de serem os progenitores das espécies mais elevadas, são extraviados que ocupam os espécimes mais degenerados do que era uma vez a forma humana. Em lugar de ter o homem ascendido dos antropóides, a verdade é o contrário: estes é que degeneraram do homem. De modo análogo, os líquens são a degeneração mais baixa do reino das plantas.
"A ciência material, tratando somente da Forma, assim se enganou, tirando conclusões errôneas nessa matéria."
Deixando, pois, de lado esses extraviados, há um contínuo movimento de ascensão. Assim temos também os recém-chegados, que poderíamos chamar de extraviados convertidos.
E nessa altura entra uma feição notável. A maior parte dos seres humanos não necessita de salvação.
Pois quando, na religião cristã, se fala em "salvação," o sentido disso é "a progressão dentro de nossa atual onda de evolução." Trata-se de algo que deve ser procurado com todo o empenho, pois ainda que a "condenação eterna" daqueles que não são "salvos" não signifique destruição nem tortura infinda, é contudo cousa muito séria ficar preso em estado de inércia através de inconcebíveis milhões de anos, antes que uma nova evolução tenha progredido até uma etapa onde aqueles que fracassam aqui possam ter uma oportunidade para prosseguir. O espírito não tem consciência do lapso de tempo, contudo é grave perda, e há de haver também um senso de quem não está em casa, quando por fim tais espíritos se encontram em nova evolução.
A expiação foi operada por Cristo para tais como esses. Pois Cristo, o iniciado mais elevado do Período do Sol, tornou-se o Regente da Terra no Gólgota, sendo sua missão a salvação daqueles que se atolaram na matéria. Esses "perdidos" ele os salvou "elevando-os até o ponto necessário de espíritualidade, produzindo uma transformação em seus corpos de desejo a qual tornará mais potente a influência do espírito de vida no coração.
A essa teoria de "expiação vicária" não se deve fazer objeção, só porque cada um deve estar disposto a sofrer as conseqüências de seu próprio ato; pois é perfeitamente justo.
É como um homem que coloca uma corda acima da catarata no Iguacú. Ele o faz para que outros, em perigo de cair, tenham em que segurar, mesmo sabendo ele que, assim fazendo.ele mesmo perecerá: deveria isso impedir que outro em perigo se agarrasse à corda?

Evolução Universal

O axioma para a compreensão de toda essa atividade incessante de evolução, é o axioma Hermético: "Como acima, assim em baixo," e vice versa. Há um constante flamejar e extíngiiír de atividade em cada departamento da natureza.
No princípio de um Dia de Manilestação, um certo Grande Ser (só no Mundo ocidental chamado um Deus) limita-se a uma determinada porção de espaço, na qual Ele resolve criar um Sistema Solar para a evolução de consciência adicional dos sentidos. Tudo começa com a Substância Radical Cósmica, que é uma expressão do polo negativo do Espírito Universal, enquanto o grande Ser Criador que nós chamamos Deus (do qual nós, no caráter de espíritos, fazemos parte) é uma expressão da energia positiva do mesmo Espírito Absoluto Universal. Da operação de um sobre o outro resultou tudo que vemos ao redor de nós.
Ora, há sete Mundos, não separados por espaço ou distância (como acontece com a terra em relação aos outros planetas), e sim pela sua velocidade de oscilação. Os Mundos mais elevados é que são criados primeiro, o Mundo mais denso por último. Mas cada Mundo, assim como o homem, passa por sete Períodos de Renascimentos. Os nomes dos sete Períodos são os seguintes:
1. O Período de Saturno
2. O Período Solar
3. O Período Lunar
4. O Período Terrestre
5. O Período de Júpiter
6. O Período de Vênus
7. O Período de Vulcano
Esses nomes nada têm a ver com nossos planetas; são apenas os nomes rosicrucianos dos sucessivos renascimentos de nossa Terra.
Nada sabemos dos seis Planos Cósmicos acima do nosso, a não ser isto: que Deus, "o Arquiteto de nosso Sistema Solar, encontra-se na divisão mais elevada do sétimo Plano Cósmico, que é o seu Mundo." Sabemos, porém, que nosso próprio Plano, durante seu Período Saturnino (o primeiro e mais baixo de sua existência) caminhou, em seu impulso evolucionário, sete vezes ao redor de sete Globos. Quando terminou esse laborioso processo, seguiu-se a primeira Noite Cósmica após o Primeiro Dia da Criação, depois do que assomou o Período Solar. Aí se repetiu o mesmo processo da onda vital circulando sete vezes em redor dos sete Globos, e entrou-se no Período Lunar. Daí em diante, dizem-nos, a evolução do Universo não pode ser compreendida a não ser por estudantes da Aritmética e da "Quarta Dimensão".
É interessante, contudo, ouvirmos que, mesmo durante o Período Saturnino, "grandes Hierarquias criadoras", espíritos muito mais evoluídos, ajudaram o homem na sua evolução.
Essas Hierarquias, chamadas na Bíblia "Tronos", operaram no homem de seu próprio acordo.
Entre esses, os Senhores da Chama, emitindo forte luz, "por meio de repetidos esforços no decorrer da primeira Revolução, conseguiram implantar na vida que evoluía o germe que desenvolveu nosso atual corpo denso."
Durante esse Período Saturnino os Senhores da Chama também trabalharam com outros espíritos, a saber, os Senhores da Sabedoria, espíritos menos evoluídos do que eles próprios. Mas durante o segundo, o Período Solar, os Senhores da Sabedoria ajudaram o homem "irradiando de seus próprios corpos o gérmen do corpo vital, capacitando-o a penetrar o corpo denso e dando ao gérmen a possibilidade de promover crescimento e propagação e de excitar os centros sensórios do corpo denso, levando-o a mover-se. Esse trabalho ocupou a segunda, terceira, quarta e quinta Revoluções do Período Solar."
E assim continua e continuará: evolução espiral para as pessoas comuns, com espirais dentro de outros espirais, e o "caminho reto e estreito" de acesso à divindade para os iniciados. A alma Consciente do homem será absorvida pelo espírito divino na sétima Revolução do Período de Júpiter; a alma Intelectual será absorvida pelo espírito vital na sexta Revolução do Período de Vênus; a alma Emocional será absorvida pelo espírito humano na quinta Revolução do Período de Vulcano.
Uma vez que a mente é o instrumento mais importante que o espírito possui e seu instrumento especial na obra de criação, nessa altura do desenvolvimento humano "a laringe espiritualizada e aperfeiçoada dirá a Palavra criadora, porém a mente aperfeiçoada decidirá quanto à forma exata e o volume de vibração, sendo assim o fator determinante. A imaginação será a faculdade espiritualizada dirigindo a obra de criação."
No Período de Júpíter a mente humana imaginará formas que viverão e crescerão, como plantas. No Período de Vênus dessa etapa distante ela pode criar cousas que vivam, cresçam e sintam. E quando, no final do Período de Vulcano, o homem atingir a perfeição, ele poderá pela sua imaginação fazer que venham a existir criaturas que viverão, crescerão, sentirão e pensarão.
Em outras palavras, ele fará pelas plantas e pelos animais, e mesmo pelos minerais, aquilo que os Senhores da Mente, aquelas antigas Hierarquias, fizeram para ele em épocas idas; ajudá-los-á a adquirir corpos densos, corpos dedesejo, corpos  intelectuais e outro equipamento.
Finalmente o Espírito divino, Deus, absorverá o homem.
O espírito deste se fundirá em Deus do qual veio, para reemergir ao romper de outro Grande Dia, como Um de seus gloriosos auxiliares. "Durante sua evolução passada) suas possibilidades latentes foram transmutadas em forças dinâmicas.
Aquiriu Forca de Alma e Mente Criadora como resultado de sua peregrinação através da matéria. Avançou da impotência para a Onipotência, da nescidade para a Onisciência."
Resta a questão de como o homem em sua atual etapa média de evolução possa adquirir conhecimento em primeira mão da verdade de tudo que vai acima.
A resposta é que, como o mecânico é melhor trabalhador na proporção da precisão de suas ferramentas, assim o homem há de desenvolver seus vários corpos. O corpo denso há de ser educado por meio da alimentação certa (páginas e listas de minerais e vitaminas nas combinações certas são apresentadas). O regime de alimentação, naturalmente, tem de ser vegetariano. O impulso sexual há de ser educado para produzir força criadora espiritual antes que material.
Além disso, o homem precisa aprender a fazer uso do corpo pituitário e da glândula pineal, dois pequenos órgãos situados no cérebro. Há de tornar-se assim clarividente, o que é muito mais difícil do que tornar-se um médium. Este é simples revivificação de uma função refletora que o homem possuiu em longínquo passado e pela qual o mundo exterior se refletia nele involunt.ariamente.
O clarividente não pode viver para comer, beber e satíslazer a paixão sexual de maneira irrestrita. Pelo fato de levar uma viela que causa menos confusão no corpo denso, ele não precisa passar o período todo de seu sono na reparação do prejuízo causado durante o dia por meio de corpos do desejo e vital, sem deixar tempo nenhum para trabalho externo de nenhuma espécie. Assim se torna possível deixar o corpo denso durante longos períodos nas horas do sono e funcionar nos mundos interiores nos veículos mais elevados. (Tout comme chez nous, haviam de dizer os Teosofistas.)
Em seguida é necessário alcançar-se um estado em que o espírito esteja dentro dos corpos e em pleno domínio das faculdades, como está no estado de despertamento, e contudo capaz de funcionar interiormente e sensibilizar devidamente os veículos do espírito.
A concentração nesse estado (que não é yoga, pois os veículos do Cáucaso são de constituição tão diferente dos do indu que os métodos de yoga - a união com o Eu Mais Elevado - não nos beneficiariam), Meditação, Observação, Discriminação, Contemplação, Adoração, são essas as palavras empregadas na descrição de como tornar-se um iniciado; mas a pesquisa dos processos de tudo isso havia de levarnos muito longe, dado o fim que temos em vista.

Avaliação

1. O manual de Max Heindel: The Rosicrucian Cosmo- conception or Mystic Christianity (A Cosmo-concepção Rosicruciana ou Cristianismo Místico) começa como segue:
"O fundador da Religião Cristã formulou uma máxima oculta quando disse: 'Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele' (Marcos 10.15). Todos os ocultistas reconhecem a importância de longo alcance desse ensino de Cristo e procuram 'pratícá-lo' dia a dia".
Assim um sistema que nega e perverte tudo quanto foi ensinado por Cristo e a Ele diz respeito, apela para a autoridade de seu nome a fim de nos convencer da necessidade de nos aproximar do ocultismo rosicruciano com a mente completamente em branco, despida de toda opinião e despojada de toda e qualquer "preferência" e "preconceito".
Em todas as escolas ocultas, quando se apresenta um novo ensino, o aluno é ensinado primeiramente a esquecer-se de tudo mais, não permitir que nenhuma preferência ou preconceito domine e sim conservar a mente em estado de espera calma e grave.
Ora, para quem sabe que é duas vezes nascido em resultado do poder regenerado r do Espírito Santo, semelhante atitude simplesmente não é possível. Uma vez feito cristão pela graça salvadora e renovadora de Cristo, o homem não tem absolutamente a possibilidade de começar com a mente em branco; ao contrário, ele é compelido, interior e exteriormente, a comparar o novo ensino com aquilo que ele já verificou ser o ensino secular e universalmente recebido das Escrituras.

2. Concedemos de pronto que a filosofia rosicruciana tem muitos pontos excelentes, tal como sua lógica ínexorável.
Apresenta uma razão mais plausível para o renascimento do que faz a Teosofia. Parece justificar melhor o caso em favor de uma vida limpa e elevada do que fazem os segredos de "ouvido para ouvido e boca para boca" de um Blavatsky. Mas toda essa lógica e toda essa elevação não pode anular o fato de estar toda a estrutura construida sobre alicerce falso, a saber, outro que não o Cristo das Escrituras.

3. Muitas das críticas apresentadas contra os sistemas afins do Espiritismo e da Teosofia são também aplicáveis contra o Rosicrucianismo: quando se deixa em branco a mente e o coração para sofrer a operação de forças externas, é de se esperar, de acordo com as Escrituras, que serão infundidas de fora "doutrinas de demônios". Não é de se estranhar que a Astrologia, o Espíritismo e a Necromancia sejam tão consistentemente proibidos no Antigo Testamento.
Deve-se, portanto, dar atenção à grande semelhança entre essas várias seitas.

4. A prova suprema de um sistema religioso ou filosófico de pensamento, do ponto de vista da atual obra, há de ser sempre: Como se comparam suas afirmativas com aquilo que tem sido considerado de acordo com as Escrituras por toda a Igreja Cristã? Quando aplicamos esse teste, chegamos à conclusão de que o apóstolo Paulo diria dos seguidores da Rosa-Cruz que são "inimigos' da cruz de Cristo".

Rosicrucianos e a Doutrina Bíblica
Cristo

a) Sua Pessoa
"No credo cristão ocorre esta sentença: 'Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus.' Isso, segundo geralmente se entende, quer dizer que uma determinada pessoa que apareceu na Palestina há cerca de 2000 anos e que é referido como Jesus Cristo - um único indivíduo - foi o unigênito Filho de Deus. Esse é um grande erro. Há três seres distintos e muito diferentes caracterizados nessa sentença. É da maior importância que o estudante compreenda claramente a natureza exata desses Três Grandes e Exaltados Seres, que diferem imensamente um do outro em glória, porém cada um deles merecedor de nossa mais profunda e devota adoração.
"O estudante é convidado a compulsar o diagramas e notar que 'o unigênito' ('O Verbo' de quem João fala) é o segundo aspecto do Ser Supremo.
"Essa 'Palavra', e só ela, é 'gerada de seu Pai (o primeiro aspecto) antes de todos os mundos'. .. Portanto) o -unigêníto' é o Ser exaltado que pertence acima de tudo mais no Universo, salvo unicamente o aspecto do Poder que o criou." - M. Heindel.ê

b) Seu Sacrifício
"Aproximamo-nos agora do solstício hibernal, os dias mais escuros do ano, a época em que a luz do sol vai quase desmaiando e quando nosso Hemisfério Boreal está frio e desolado. Mas na noite mais longa e mais escura o sol se volta em seu caminho de ascensão, a luz do Cristo nasce novamente na terra e todo o mundo se regozija. Nos termos de nossa analogia, entretanto, o Cristo, ao nascer sobre a terra, morre para o céu. Da mesma forma que o espírito livre é, por ocasião de seu nascimento, encaixado final e firmemente no véu de carne que o prende com grilhões durante toda a vida, assim o Espírito do Cristo é preso e embaraçado cada vez que Ele nasce na terra. Esse grande Sacrifício Anual começa quando nossos sinos de Natal estão ressoando, quando os sons jubilosos de nosso louvor e ação de graças estão subindo para o céu. Cristo é preso no sentido mais literal do termo, do Natal até o Domingo da Ressurreição." - M. Heíndel.

c) Segunda Vinda
" 'A lei e os profetas vigoraram até Cristo', é o que se diz, porém sabemos que mesmo hoje a lei existe e é necessária.
Portanto, é evidente que a lei não foi abolida com a vinda física de Cristo. É a vinda de Cristo ao 'interior', à natureza íntima do homem, que vai abolir a lei. Paulo fala desse advento como 'Cristo formado em vós' e enquanto Cristo não tiver sido formado em nós, não estamos prontos para a Segunda Vinda ... A Segunda Vinda de Cristo depende de ter um número suficiente de pessoas se tornando semelhantes a Cristo e afinadas ao princípio do Cristo, de modo que, como diapasões do mesmo tom ressoam juntos quando um deles é tocado, elas estarão em condições de corresponder às vibrações do Cristo que reverberarão na volta do Salvador.
Cada vez que procuramos imitar a Cristo e cumprir seus ensinos, estamos apressando sua Volta; por isso, assim nos esforcemos." - M. Heidel."

Jesus

"Se entendo bem, vocês dizem que o Cristo foi encarnado uma só vez em Jesus; mas então não foi anteriormente encarnado em Gautama Buddha e, ainda antes, em Krishna?
"Resposta: Não. Jesus foi Ele mesmo um espírito pertencente à nossa evolução humana, como também foi Gautama Buddha. O presente escritor não possui informações a respeito de Krishna, mas inclina-se a crer que ele também foi um espírito pertencente à raça humana, pois as histórias indianas concernentes a ele contam de como entrou no céu e o que lá se deu. O espírito do Cristo que entrou no corpo de Jesus quando este o desocupou, era um raio do Cristo cósmico. Podemos acompanhar Jesus em suas encarnações anteriores, e podemos dpscobrír seu crescimento até o dia de hoje. O espírito do Cristo, ao contrário, não se encontra de nenhuma forma entre nossos espíritos humanos." - M. Heindel.'

Deus

a) A Trindade
'O Pai' é o Iniciado mais elevado entre a humanidade do Periodo Saturnino. A humanidade comum desse Período são agora os Senhores das Mentes.
'O Filho' (Cristo) é o Iniciado mais elevado do Período Solar. A humanidade comum desse Período são agora os Arcanjos.
'O Espírito Santo' (Jeová) é o Iniciado mais elevado do Período Lunar. A humanidade comum desse Período são agora os Anjos." - M. Heíndel.

b) O Espírito Santo (Ap. 1.4)
"É necessário que todos os seres, sejam eles elevados ou baixos na escala da existência, possuam veículos de expressão para uso em qualquer mundo em que queiram manifestar-se. Mesmo os Sete Espíritos ante O Trono hão de possuir esses veículos essenciais que, como é natural, são diferentemente condicionados para cada um dEles. Coletivamente, Eles são Deus. e constituem a Divindade Tri-una, e Êle se manifesta de maneira diferente através de cada um dEles." - Heíndel.

O Homem

a) Raças do homem
"A Bíblia não afirma em nenhum lugar que os pretos sejam descendentes de Cão; além disso sabe-se. perfeitamente que a etnologia bíblica conforme é geralmente compreendida entre as pessoas ortodoxas é uma impossibilidade absoluta à vista dos fatos da geologia e da pesquisa etnológica. . . A etnologia bíblica também tem o ano exato do dilúvio e semelhantes acontecimentos marcados, mas do ponto de vista do ocultismo, que se deriva de uma leitura direta na galeria de arte do passado e que nós chamamos a memória da natureza, o caso é muito diferente...
Nós verificamos que tem havido várias épocas ou grandes épocas de desenvolvimento na história da terra, e que o preto foi a humanidade da terceira dessas épocas, a Lemuriana.
Toda a raça humana daquele tempo tinha a pele escura.
Então veio um tempo, chamado a Época do Atlante, quando a humanidade era vermelha, amarela, exceto uma raça que era branca. Esse povo eram Semitas originais, a quinta das Raças do Atlante. Esses Atlanteanos são chamados Niebelungen, ou filhos da cerração, nas velhas histórias folclóricas, pois naquela época a atmosfera da terra era uma névoa muito densa. Na segunda metade da Época Atlanteana, essa atmosfera condensou-se, resultaram dilúvias, e gradativamente o mar cobriu a maior parte do globo.
Então a atmosfera clareou por cima da terra. Esse ponto na evolução é descrito na Bíblia, onde Noé, o líder dos Semitas, emergiu do Atlante que se afogava e primeiro viu o arco-íris, fenômeno impossível na atmosfera enevoada do primitivo Atlante. Ouvimos também dessa emigração na história da saída de Moisés e os israelitas do Egito enquanto o rei egípcio e seus homens se afogam nas águas do Mar Vermelho. Essa gente fora escolhida para se tornar os progenitores das nossas atuais raças arianas, porém não foram todos fiéis ao comando de seu líder. Houve alguns que "foram atrás de carne estranha," e é esse o maior crime possível em ocasião dessa natureza, pois quando um líder está procurando inculcar novas faculdades em uma nova raça, a mistura de sangue estranho tem a tendência de frustrar seus planos. Portanto, alguns dentre esse povo escolhido se perderam, ou seja, foram abandonados por seus líderes e não se tornaram ascendentes da nova humanidade.
Esses que assim se perderam ou ficaram atrás, por estranho que pareça, são os judeus de hoje, que em tempos se casaram nas famílias de seus irmãos atlanteanos, porém até hoje se imaginam o "povo escolhido de Deus." - M. Heíndel.

b) Divindade do homem
"Há progresso infindo, pois somos divinos como nosso Pai no céu, e não pode haver limitações." - M. Heindel.

Panteísmo

"Perguntaríamos: Que quereis dizer por natureza? Bacon diz que Deus e a natureza diferem apenas como a impressão difere do selo. A natureza é o símbolo visível de Deus, e a nossa tendência hodierna é de pensarmos da natureza em sentido materialista. Atrás de cada manifestação da natureza há forças, não forças cegas, mas inteligências.
.. Aquilo que nós chamamos eletricidade, magnetismo, expansão do vapor, etc., são inteligências que operam, sem que nós as vejamos, quando vigoram determinadas condições. Espíritos da natureza edificam as plantas, formam da rocha os cristais, e, em conjunto com inúmeras outras hierarquias, trabalham ao redor de nós, invisíveis, porém ocupados no afã de operar aquilo que nós chamamos de natureza." - M. Heíndel.

Paternidade

"Se não houver um Ego buscando incorporação através dos cônjuges, seus esforços serão infrutíferos... Sabemos que, se misturarmos hidrogênio e oxigênio em determinadas proporções, sempre conseguiremos água; sabemos que a água escorrerá sempre morro abaixo; e assim todas as leis da natureza são invariáveis, de maneira que, se não houvesse outro fator além da mistura química de sêmen e óvulo, haveria sempre desfecho. E esse fator desconhecido e invisível é o Ego reencarnador que vai aonde lhe apraz e sem o qual não pode haver prole. Se o inquiridor orar fervorosamente ao anjo Gabriel, que é o embaixador do Regente da Lua na Terra e, portanto, um fator primo na geração de corpos (vide a Bíblia), pode ser que valha para trazer o resultado desejado. A melhor hora é na segundafeira ao nascer do sol, e da lua nova até a cheia."

Oração

"Santificado seja o teu nome: oração do espírito humano ao Espírito Santo para o corpo do desejado.
Venha o teu reino: oração do Espírito Vital ao Filho para o corpo vital." - M. Heindel.

Assista ao Vídeo: Certeza da salvação

Extraído do Livro: O Caos das Seitas 

Editora Imprensa Bíblica Regular - IBR

Por Jan Karel Van Baalen

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