John Ritchie (1853-1930)

John Ritchie,  nasceu na Escócia em 1853, e nasceu de novo no dia 02 de Abril de 1871 aos dezoito anos de idade. Junto com outros jovens, recém-convertidos, sentiu a falta de alimento espiritual no protestantismo formal da Escócia, e estes passaram a reunir-se regularmente para estudo bíblico e oração.
Quando ouviram de alguns cristãos, numa aldeia próxima que se reunião cada primeiro dia da semana para partir o pão, resolveram visita-los no próximo Domingo, foram a pé àquela aldeia e viram pela pnmerra vez, a simplicidade tão sublime do modelo bíblico para a ceia do Senhor. Sem mais demora foram batizados, e começaram a reunir-se da mesma forma na sua aldeia.
Durante toda uma vida cheia de serviço para o Senhor, John Ritchie pregou o Evangelho e ministrou a Palavra de Deus em vários países e ao mesmo tempo desenvolveu um ministério escrito. Produziu periódicos, muitos folhetos e livros, alguns dos quais ainda circulam tendo alcançado muitas edições.
Foi promovido à glória em Março de 1930.

Mais detalhes da sua história...

No mês de março de 1871,o Sr. Donald Munro, acompanhado de outro irmão, chegou na pequena cidade de Inverurie, Escócia; para iniciar uma série de pregações do Evangelho.Embora desconhecidos na região, conseguiram alugar o Centro Comunitário para as reuniões. As diversas congregações religiosas na cidade encararam a pretensão dos irmãos com muita desconfiança, e um religioso publicou um panfleto contendo acusações ridículas contra os pregadores.

A primeira reunião foi pequena, composta principalmente de escarnecedores que fizeram de tudo para perturbar a  pregação. Gritaram na hora da oração e continuaram com um barulho insuportável quando os irmãos tentaram pregar. O Sr. Munro não desanimou, e sentiu a forte convicçãode que o Evangelho ia triunfar naquele lugar.

No domingo da próxima semana haviaum bomnúmero no salão,e todos permaneceram quietos e atenciosos. A Palavra de Deus foi apresentada com poder, e muitos dos ouvintes ficaram convictosdo seu pecado. Logo depois da reunião vários jovens, inclusive o autor deste artigo, nasceram de Deus, e deram início à caminhada em direção ao céu. Era o dia 2 de abril de 1871.Houve alegria no céu naquela noite, e sem dúvida os dois pregadores que passaram por tanta dificuldade na semana anterior agora participavam da alegria celestial.

Naquela semana, vários outros se confessaram salvos e isto estimulou uma grande curiosidade entre o povo para ver os "convertidos" e fazer-lhes perguntas, isto, é claro, em tom de escárnio.

Estes servos de Deus, e outros que eram considerados fiéiscompanheiros na obra, tinham uma visão muito clara da verdade da salvação. Não usaram meios questionáveis para "induzir" conversões, mas dependiam do Espírito Santo para isto.
A partir de agora os recém salvos tinham muito a aprender sobre a Palavra de Deus. Não conheciam o que o Novo Testamento ensinava sobre a maneira correta de se reunir e não podiam encontrar alimento nenhum nas diversas religiões, pois estas os perseguiam. Ainda não havia reuniões nos domingos de manhã, e não conheciamoprivilégio e odever de se reunirem como adoradores salvos, sem um "reverendo" para "dirigir o culto." Mas estavam convencidos de que Deus tinha um caminho para eles, dentro do qual podiam andar na liberdade e no poder do Espírito Santo. Deus os tinha abençoado nas reumoes para a pregação do Evangelho e certamente os guiaria quanto aos próximos passos. Não tiveram de esperar muito. O Novo Testamento os guiou, sem o auxilio de homem algum. Primeiro aprenderam a necessidade do batismo. Logo alguns começaram a se reunir no primeiro dia da semana num recinto muito simples. Perceberam através da Palavra de Deus que era o costume dos crentes primitivos se reunirem neste dia para "o partir o pão" (Atos 20:7), e que esta passagem não dizia nada sobre a necessidade dum "pastor" ordenado pelos homens para administrar a ceia. Faziam parte dum "sacerdócio santo" para oferecerem "sacrifícios espirituais" (I Pedro 2:5) e para "anunciar a morte do Senhor" (ICor.11:26). Agindo de acordo com o que encontraram nas Escrituras, começaram o partir do pão sem saber de qualquer outra congregação que fizesse algo semelhante. Haviam outras, muitas delas, mas estes recém salvos no norte da Escócia não tinham conhecimento acerca da sua existência.

Eles continuaram se reunindo assim, sendo guiados pela Palavra de Deus, e passaram o que aprenderam para os outros, de forma que nos diversos lugares onde Deus tinha operado em salvação outras congregações começaram a se reunir simplesmente no nome do Senhor Jesus (Mat.18:20).

Certo domingo de manhã, num dia ensolarado de verão, três amigos saíram junto comigo rumo a Old Rayne. Tínhamos ouvido que lá um grupo de crentes haviam começado a reunir-se de maneira distinta de todas as denominações, para adorar a Deus e anunciar a morte do Senhor Jesus no partir do pão. Entendíamos que este era o privilégio de todo o crente conforme a Palavra de Deus e queríamos vê-lo na prática. Tivemos uma caminhada muito agradável de 13km. Ao chegarmos perto da aldeia, paramos para termos uns momentos de oração e logo nos dirigimos para o local, chegando quinze minutos antes da hora prevista. Vários irmãos estavam à porta e nos deram as boasvindas.

O local onde aconteciam as reuniões era uma loja desocupada.

Alguém tinha passado cal nas paredes. Para sentar, havia tábuas apoiadas em blocos de madeira. No meio estava uma mesa coberta por uma toalha branca, onde estavam expostos o pão e o cálice. Não havia púlpito nem cadeira especial para algum "dirigente". Em outras ocasiões, assistimos a reuniões somente para ouvir os pregadores, mas, naquela manhã, estávamos ali para nos encontrarmos unicamente com o Senhor, isto é, para não ver ninguém "senão unicamente a Jesus" (Mat.17:8).
Logo, a sala começou a lotar.
Todos estavam vestidos modestamente.
Quando os últimos tinham chegado, a porta foi fechada.
Sentimo-nos a sós com Deus.
Houve um silêncio solene.
Ninguém se precipitou.
Esperaramem Deus.
Havia adoração verdadeira naquele dia;
algo que só quem participa pode entender.
Parecia inexplicável.
Nunca antes ouvimos hinos cantados como naquela hora.
Não era a música que nos atingia,
mas o espírito de adoração com que cantavam.
Era uma melodia produzida pelo Espírito Santo.

Não posso dizer que procederam corretamente em tudo.
Afinal, estes crentes recém tinham-se despedido da religião do mundo e foram sendo esclarecidos à medida que o Espírito revelava a ordem correta, conforme a Palavra de Deus. Mas tudo foi feito com temor e com reverência. As orações conduziam os santos para a presença de Deus. Os louvores eram como águas cristalinas de uma rica fonte, e alguns comentários feitos sobre a Palavra de Deus eram objetivos e engrandeciam o Senhor Jesus perante todos.
Nahora apropriada, opão e ocálice passaram de mão em mão. Quando chegou a hora de despedirem-se, cantaram um hino sobre a gloriosa perspectiva da vinda do Senhor Jesus dentro em breve. Parecia que estávamos já nos movimentando para cima. Nós todos saímos dali na expectativa da vinda do Senhor a qualquer momento.

Após esta visita, não tínhamos como voltar para a religião formal na qual fomos criados. Lá a maioria, senão todos, nada entendiam da salvação. Um homem dirigia praticamente tudo e, geralmente, tratava-se de um alguém totalmente contrário ao puro evangelho. Assim, no outono de 1871, uma congregação de crentes se reuniu somente no nome do Senhor Jesus Cristo, em Inverurie. Separaram-se de todas as seitas e denominações. No início, reuniam-se na loja de um sapateiro, que não estava sendo usada. As religiões das proximidades fizeram tudo para ofender os crentes e insultá-los. Escarneciam ao passar pela frente, jogavam lixo para dentro na hora das reuniões. Mas a obra de Deus progrediu, e Ele abençoou a conzrezacão rue o mundo desprezava.

 

 

 

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