ASTROLOGIA

A Astrologia rivaliza com o Espiritismo pela honra de ser o culto mais antigo. Talvez tenha sido primeiro praticada pelos caldeus em Babilônia onde, depois de gozar de alta estima, foi por fim desprezada como sendo mera chicana.
Do império medo-persa caminhou para a Grécia, sob a influência dos esforços de Alexandre o Grande no sentido de harmonizar o Oriente e o Ocidente; e consta que ali, na Grécia, foi primeiro desenvolvida com caráter de ciência por Ptolomeu. Alguns astrólogos são de parecer que toda a mitologia greco-romana se baseava na Astrologia.
Israel, sob a influência da idolatria nativa da Palestina e Síria, por sua vez afetada pela Babilônia e a Pérsia e mais tarde pela civilização greco-romana, abrigou, em várias ocasiões, devotos convictos da Astrologia, embora o Antigo Testamento não o visse com bons olhos. Devemos lembrar que a Judéia foi em tempos passados província persa e romana.
Na China antiga a Astrologia estava em moda antes do ano de 2154 A.C., quando os astrólogos Ri e Ho foram depostos pelo seu fracasso em não terem previstos um eclipse do sol. Entre os Indus os escritores clássicos sobre Astrologiaforam Garga, Parachara e Mihina. Tiveram legiões de comentadores.
Na índia a Astrologia teve sempre e ainda tem um predomínio tremendo sobre todas as fases da vida. "O astrólogo é talvez o funcionário de maior importância na vida social e religiosa do povo. Nenhum casamento pode ser realizado sem que o horóscopo da noiva e do noivo se harmonizem.
Nenhuma função social ou doméstica de importância, e, principalmente, nenhuma cerimônia religiosa, pode ser efetuada a não ser nos dias e momentos chamados auspiciosos. .. A Astrologia é a mão direita do Induísmo, tendo autoridade suprema na direção de quase todos os seus negócios."
Na idade média a Astrologia era muito praticada nas terras maometanas. Talvez por causa da íntima relação que de início existia entre a Astrologia e a Astronomia, ao ponto de se identificarem, tem havido diferença de opinião, mesmo entre os cristãos, quanto a seu valor. Assim se informa que Melancton ensinou Astrologia na Universidade de Wittenberg, defendendo esse modo de proceder pela cítação de Gênesis 1.14 e Jeremias 10.2, e que Calvino escreveu em contrário ("Contre l'Astrologie") .
O grande Kepler (1571-1630) acreditava piamente na Astrologia, como também Dryden, o Arcebispo Usher, Dr. John Butier e muitos outros.

Popularidade Atual

Hoje,de maneira crescente, os astrólogos são consultados.
Brochuras contendo horóscopos e conselhos astrológicos, comodamente encaixados no meio de estórias "bangue-bangue" e revistas "detetive ," encontram-se em muitas bancas de jornais. Afirma-se com toda a certeza que dezenas de homens e mulheres de negócios não se atreveriam a encetar qualquer empresa importante sem primeiramente consultar as estrelas (ou, mais exatamente, os planetas), do mesmo modo que, antanho, as matronas alemãs advertiram a Aríovistus que não podia vencer uma guerra contra César se a iniciasse antes da lua nova.
Os devotos da Astrologia nos Estados Unidos do Norte têm sido calculados atualmente em cinco milhões. Não se sabe, realmente, quantos brasileiros são devotos da Astrologia.
Afirma Charles S. Braden que é "provavelmente a principal técnica de adivinhação em uso corrente no mundo ocidental."
Surge, portanto, a questão de se a Astrologia é uma ciência e um passatempo legitimo, ou uma seita religiosa e uma
superstíção. (Todos os dicionários apresentam uma definição do vocábulo "superstição" que destaca tanto seu sentido semí-relígtoso como fatores irracionais.)

A "Ciência" que é a Astrologia

"O homem que mantiver os princípios de Newton," escreveu Sepharial, "referentes à solidariedade do sistema solar, a interação dos corpos planetários e seus conseqüentes efeitos eletrostátícos sobre a Terra, não poderá, enquanto estiver sujeito ao ar que respira, negar os princípios fundamentais da Astrologia."
Para podermos compreender mesmo um pouco dessa "ciência" e de seus princípios, precisamos primeiro compreender o sentido de certos de seus termos principais.
"O Zodíaco é uma faixa imaginária nos céus na qual se movem o sol e os planetas em suas aparentes rotações em torno da Terra."
A Eclíptica é um círculo que transeciona essa faixa em ângulo de 23° 27' com o plano do Equador. Os pontos onde corta o Equador são chamados os Equinócios.
A Eclíptica é dividida em, doze secções iguais, a partir do Equinócio Vernal. Essas partes são chamadas os Signos do Zodíaco. Cada signo ocupa 30° do círculo. Diz-se que uma pessoa está "sob" determinado signo, ou seja, debaixo de sua influência, quando o signo se levanta no oriente no momento de seu nascimento.
Ademais, cada signo tem um planeta que o governa, tendo maior influência sobre aquela parte do Zodíaco.
Assim, diz-se que o planeta Saturno governa Aquário e Capricórnio; Júpiter governa Peixes e Sagitário; Marte governa Tauro (Touro) e Libra (Aries); Mercúrio rege Gêmeos e Virgem; a Lua, a Câncer; e o Sol governa Leão.
"Os aspectos (ou situações) astronômicos são certas distâncias angulares que se medem sobre a Ecliptica, e formam parte fundamental da ciência astrológica. Qualquer planeta pode ser bom ou mau em seus efeitos sobre o caráter ou o destino, conforme o aspecto que forma com os principais do Horóscopo.
Esses aspectos são:
o semiquadrado de 45°,
o sêxtíl de 60°, o tetrágono de 90°,
o trino de 120°,
o sesquiquadrado de 135°
e a oposição' de 180°"
Os aspectos bons são o trino e o sêxtíl, sendo os maus o semiquadrado, o tetrágono, o sesquiquadrado e a oposição.
Há também a conjunção, quando dois astros estão no mesmo grau ou parte de um dos signos. Os planetas em conjunção atuam de acordo com sua respectiva natureza simples, mas quando estão em aspecto, de acordo com a natureza do aspecto.
Temos então o termo Casas. O círculo imaginário que passa sobre a cabeça de quem olha para o sul ou o norte é chamado a Prima Vertical. Esta é dividida para fins astrológicos em doze divisões iguais chamadas Casas, seis das quais ficam acima do horizonte e seis abaixo.
Finalmente, temos o termo horóscopo (do grego hora, e skopos, vigia). Um horóscopo é uma carta (ou "gráfico celeste") da posição dos planetas com relação uns aos outros em determinada ocasião, notavelmente a ocasião do nascimento de uma pessoa, o que é considerado como determinante de seu destino, ou pelo menos apto a influencíá-lo.
Lançar um horóscopo (ou "levantar o gráfico celeste") é preparar uma dessas cartas de modo a poder calcular a influência dos astros sobre a vida da pessoa. (O Dicionário de Oxford define o lançamento de um horóscopo como "o cálculo do ponto da eclíptlca que está acima do horizonte oriental em determinado momento, a saber, o do nascimento de uma criança, e dai construir uma figura astrológica dos céus de modo a determinar a influência dos astros sobre sua vida e sorte.")
As instruções apresentadas em livros sobre Astrologia, pelas quais o amador pode preparar seu próprio horóscopo, mistificam e são difíceis de se entender, ou pelo menos é essa a experiência do presente escritor. Reiteram-se advertências
de que leva muitos anos de estudo diligente da trigonometria e ciência paralelas para habilitar uma pessoa a preparar e ler horóscopos corretamente, razão pela qual não é de se admirar que o cidadão médio prefere comprar uma das numerosas revistas que, sem mais cerimônias, proíbe ou recomenda determinadas atividades para muitos meses futuros.

Afirmativas Astrológicas

É simplesmente estarrecedor o que os astrólogos afirmam de suas previsões. Lemos sobre astros cuja natureza é maléfica e outros cuja influência fundamental é salutar.
Como, porém, são atribuídas a cada planeta duas Casas que modificam sua influência enquanto está nelas, a má _influência de um planeta mau pode, em determinadas condições astronômicas, ser neutralizada ou reduzida.
Afirma-se que Urano produz a morte mediante catástrofes súbitas; Netuno, por assassínio; Saturno, por pancadas e quedas; Marte, por cortes, queimaduras e perda de sangue. Fico a imaginar se essa má influência se baseia em fatos, quando nos lembramos que Deus fez tudo bom, inclusive os astros.
Lê-se mais que os planetas "benéficos" de Júpiter, Vênus, Sol e Lua "produzem bons efeitos quando em boa disposição com outro planeta ou em signo favorável, mas que esses astros bons são "uniformemente maus" quando "em aspecto tetrágono"!
O assunto torna-se ainda mais confuso quando lemos da influência que, segundo se afirma, certas condições entre os planetas exercem. Assim, atribui-se ao nascimento da pessoa sob determinado signo do zodíaco a sua altura, a feição de sua fisionomia, seu nariz, sua boca, a cor de seus cabelos, etc. "Quando a quarta Casa contém planetas benéficos, haverá paz e conforto na velhice, ou no fim da vida, seja qual for a ocasião em que for determinado."
Partindo de todas as interações dos astros, os astrólogos afirmam possuir a capacidade de prever a maneira do desenvolvimento do caráter humano, quando é provável que ocorram determinados acontecimentos, quais as reações humanas que tendem a seguir-se, etc.
Tendo a sua disposição tais conhecimentos ocultos, não hesitam em oferecer conselhos quanto à conveniência do casamento entre determinados individuos. "Que aqueles que estiverem mal casados confrontem seus horóscopos e verão os sinais da discórdia a que fazemos referência acima."
"Júpiter, em bom aspecto com a Lua a partir da décimaprimeira Casa, revelará ganho por amigos, conselheiros e medidas cooperativas, porque a décima-primeira Casa demonstra ganho pelo cônjuge se estiver em bom aspecto com a Lua, ou perda se estiver em mau aspecto."
Quase não há assunto sobre o qual os astrólogos não possam oferecer conselhos úteis. Viagens por terra ou mar, perigo de afogamento, são indicados pela posição dos planetas.
Certas pessoas devem ser evitadas pelo perigo de trazerem infortúnio à vida porque o Sol está na mesma longitude com seus planetas maléficos. Por outro lado, basta verificar os lugares -dosplanetas benéficos e também da Lua, e suas datas solares correspondentes, para achar as datas de nascimento das pessoas cuja amizade convém cultivar e com as quais se pode associar em beneficio mútuo.
Astrólogos alegam possuir a capacidade de prever, pela posição dos planetas nas diversas Casas, não só que se aproxima o fim de determinada pessoa, mas também se a morte virá tranqüilamente e em ambiente agradável ou não. Até a causa da morte pode ser prevista.
Períodos de boa ou má sorte são determinados relacíonando o nascer, o pôr e a passagem meridiana dos planetas depois do nascimento- Assim os planetas são levados a seus lugares ou aspectos na Raiz (Radix) ou horóscopo de nascimento.
Afirma-se que esse método intrincado foi descoberto por Ptolomeu e confirmado por Kepler.
Além de tudo isso, há os "efeitos do trânsito," ou seja, dos planetas sôbre os lugares do Significador (o planeta que rege a Casa) por ocasião do nascimento. Assim os eclipses do Solou da Lua, segundo se afirma, afetam seriamente a saúde quando caem no lugar de qualquer Significador no horóscopo de nascimento.
Finalmente: cada divisão ou Casa traz seu próprio sentido para o corpo humano. A primeira Casa rege a aparência pessoal, principalmente a fisionomia e a cabeça; a segunda Casa rege o pescoço, a garganta e também as finanças, os bens móveis e o comércio; a terceira Casa não só governa viagens breves, cartas e outros meios de comunicação, mas também, no corpo, os braços e as pernas. E assim prossegue até a décima-segunda Casa, que rege as tocaias, restrições, privações e, no corpo, os tornozelos e os pés.

A Astrologia e a Bíblia

As referências específicas à Astrologia, na Bíblia, são relativamente poucas, porque o assunto se encontra sob o título geral de adivinhação, que é terminantemente proibida, como sendo uma forma de idolatria.?
Contudo, encontram-se referências à Astrologia em Amós 5.21-26 e Atos 7.41-45. Em Amós, Quium ou Moloque, o ídolo dos amonitas e fenícios, era intimamente ligado tanto ao touro solar como ao 'planeta Saturno.
2 Reis 23.5 contém uma alusão ao Zodíaco. Isaías 47.13 denuncia os astrólogos como "os que dissecam os céus e fitam os astros, os que em cada lua nova te predizem o que há de vir sobre ti."
A palavra mago ocorre apenas uma vez no Antigo Testamento, em Jeremias 39.8,13 (Rabe-Mague) e duas vezes no Novo, onde os magos chegaram a Belém (Mt 2.1,7,16).
O nome de Elimas é traduzido por mágico (At 14.6-8).
Em Isaías 14.12, estrela da manhã refere-se a Vênus.edaí, figuradamente, ao rei de Babilônia. Os magos de Nabucodonosor presumem-se ter sido astrólogos, como também os magos egípcios antes deles.
Josias, em sua obra de reforma, removeu os astrólogos (2 Rs 23.5).

Os Magos no Evangelho de Mateus Capítulo 2

Têm-se escrito inúmeros artigos e ensaios sobre os magos que vieram do Oriente a fim de achar e adorar o recémnascido Messias. O problema, do ponto de vista cristão, é a questão de como Deus podia aprovar o fato de serem astrólogos ou, pelo menos, não tomar conhecimento disso, quando nos demais casos as Escrituras tomam posição negativa para com a Astrologia. Resumindo o assunto, não temos praticamente base nenhuma. Admite-se universalmente, porém, que esses magos eram astrólogos.
Quanto a sua origem, as opiniões têm divergido muito.
Pérsia, Pártia, Babilônia e até mesmo o Egito, têm sido sugeridos como sendo a terra de onde partiram. Tertuliano propôs a Arábia, citando o Salmo 72.10,15 e Isaías 60.6.
Assim permanecemos às escuras sobre se eram sacerdotes do Zoroastrismo és portanto, monoteístas, ou babilônios, ou apenas uma casta sacerdotal inclinada à magia.
Também não dispomos de elementos para determinar se a palavra "mago" em Mateus 2 é empregada no sentido primitivo e favorável que possuía na antigüidade, ou no sentido posterior e desfavorável.
Igualmente não podemos dizer se a previsão pelos magos do nascimento iminente de um rei judaico remonta à profecia de Balaão (Nm 24.17) ou se deriva da esperança messiânica corrente em Israel na ocasião.
Sobre a natureza do fenômeno sideral que levou os magos a viajarem até a Palestina e sobre o desaparecimento e reaparecimento da estrela, são numerosas as teorias que têm sido sugeridas, porém todas são meras hipóteses. De que modo uma "estrela" podia parar sobre uma casa, continua sendo um místérío.
Talvez seja melhor concluirmos com Bendecke no Dicionário da Bíblia de Hastings: "Somos forçados a supor que os magos, seja qual for sua própria nacionalidade, tenham derivado de fontes judaicas a sua inferência de que nascera um rei dos judeus. Parece não haver dúvida de que a vinda do Messias era esperada entre os judeus por aquele tempo (Lucas 2.25); e, embora a idéia largamente espalhada no Oriente, de que um Messias judaico iria conquísrar o mundo, só tem confirmação para período posterior (Edersheím, The Life and Times of Jesus the Messiah, I, 203), seria possível que autoridades judaicas, no caso de serem consultadas a respeito do aparecimento de um fenômeno astronômico excepcional, o tivessem atribuído à vinda do Messias."
Acrescenta o mesmo autor: "O recém-nascido rei dos judeus recebe homenagem de sábios orientais; suas crenças (a não ser a referência à estrela, que não implica em qualquer opinião sobre a Astrologia em geral) não são mencionadas e, por isso mesmo, não são nem louvadas nem censuradas."
A essa declaração pode ser acrescentada esta nota do Dicionário da Bíblia de Smith: 'Parece que os magos de Mateus 2 eram 'a um tempo astrônomos e astrólogos, mas, sem mistura de fraude consciente com sua busca de conhecimentos mais elevados.'
Cabe talvez citar aqui a conclusão de Pedro em Atos 10.35: " ... em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável." A esse respeito escreveu Dr. Charles R. Erdman: "Sua primeira sentença parece ter sido muito mal entendida. Pedro não queria dizer que Cornélío já era salvo e que em todas as nações homens como Cornélío são salvos sem nenhum conhecimento de Cristo, mas, antes, que por meio de Cristo os homens de todas as nações podem ser salvos ainda que não sejam judeus. Pedro tinha aprendido que homens como Cornélío eram aceitáveis a Deus no sentido que podiam ser salvos quando o Evangelho lhes era apresentado. Ainda faltava a Pedro aprender que semelhantemente um gentio depravado podia ser salvo da mesma forma, e não apenas os piedosos e devotos." Em outras palavras, quem vive de acordo com a luz da natureza a sua disposição não é "entregue a uma disposição mental reprovável" (Rm 1); ao contrário, está em condições de receber maior luz.
Assim concluímos com o tema e divisão de um sermão do falecido Dr. K. Schilder de Kampen: "Os Magos e a Palavra de Deus." "Os magos foram, primeiro, atraidos pela palavra de Deus na natureza; segundo, conduzidos então pela palavra de Deus na Bíblia, e, terceiro, levados a adorar a Palavra de Deus Encarnada."

Conclusão

1. As revistas populares que fornecem conselhos para muitos meses futuros, sem levar em conta datas individuais e localidades de nascimentos, são sem valor mesmo do ponto de vista da Astrologia séria. É fundamental para esta a convicção de que somos permanentemente "carregados" de acordo com o signo sob o qual nascemos individualmente.
2. A Astrologia é de origem semi-religiosa, pagã e idólatra.
Os babílônios dividiam o Zodíaco em três seções, que eram controladas pelos seus três deuses principais. O que acontecia sobre .a terra correspondia ao que ocorria no céu.
Os gregos sabiam da existência de maior número de planetas e colocavam estes sob o domínio de seus ídolos:
Netuno, Vênus, Marte, etc. Entendia-se que cada um desses deuses manipulava seu planeta para promover seus próprios interesses.
3. Maunder cita "um dos principais astrólogos hoje vivos" nos seguintes termos: "O verdadeiro astrólogo crê que o Sol é o corpo do Logos de seu sistema solar. "Nele vivemos, e nos movemos, e existimos." Os planetas são seus anjos, sendo modificações da consciência do Lagos" (Knowledge, XXIII, 228).
O escritor americano de um manual de Astrologia confessou abertamente que ele subia diàriamente ao meio dia ao telhado de sua casa para cultuar o sol.
4. Merece menção que as capas das brochuras de hoje sobre Astrologia anunciam simultaneamente livros sobre quiromancia e outras superstições, citando textos bíblicos como: "O que profetiza, fala aos homens, edificando, exortando e consolando" (1 Co 14.3).
5. A divisão em doze Casas é, conforme comenta Rogers, "inteiramente arbitrária."
6. Uma vez que uma "profecia" só pode revelar-se certa ou errada, há naturalmente uma possibilidade de cinqüenta por cento que as previsões dos astrólogos saiam favoráveis a eles.
7. Gêmeos, nascidos sob condições planetárias idênticas, muitas vezes se revelam personalidades inteiramente diferentes.
8. Está muito bem que o livro Astrology and You (A Astrologia e Você) de Carroll Richter coloque no início de cada uma de suas seis partes a citação: "Os astros impelem mas não compelem! O que você fizer de sua vida depende em grande parte de você!" Mas isso nem sempre anula o fato de que a dependência das previsões da Astrologia torna o homem propenso a depender antes da sorte do que de Deus. A obediência à influência orientadora do Espírito Santo é substituída pela submissão abjeta às forças mudas da natureza.
"Descubra" - ordena a, primeira capa do livro de Richter - "como ter maior êxito e gozar de maior felicidade! Descubra o que os astros têm para você! Descubra como as estrelas modificam seu futuro!" Uma criança adquire seu mau gênio, não do sol, da lua ou dos planetas, e, sim, evidentemente, por herança e pelo exemplo; e o Cristianismo lhe aponta o poder renovador e a graça santificadora do Espírito Santo.
Não são os astros, e sim Deus que é nosso governador e guia. "Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar" (1 Co 10:13). Essas palavras foram escritas para nos pôr em contato com nosso Senhor Jesus Cristo. E não é em vão que se fazem seguir destas outras: "Portanto, meus amados, fugi da idolatria" (1 Co 10.14). A Astrologia é idolatria.
9. A volta do Oriente sobre o Ocidente, ilustrada por livros do tipo de Comparative Studies in Philosophy (Esdudos Comparativos de Filosofia) de Radhakrishnan e pelo crescimento da Astrologia, do Espiritismo, da Teosofia e seitas semelhantes, tornou-se possível pela apostasia de grandes grupos do mundo ocidental que anteriormente se diziam cristãos. "Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas" (Jr. 2.17).

Assista ao Vídeo: Três Lugares: Onde Há Choro, Só Choro e Não Há Choro

Extraído do Livro: O Caos das Seitas 

Editora Imprensa Bíblica Regular - IBR

Por Jan Karel Van Baalen

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