A realidade da Sua vinda

 

A realidade da Sua vinda


por Brian Currie, Irlanda do Norte


Um leitor casual da Bíblia chegaria à conclusão que ela menciona três vindas do Senhor Jesus. Duas são ensinados no Velho Testamento e todas as três são ensinadas no Novo. O Velho Testamento ensina sobre a Sua vinda em humildade e Sua vinda em glória, e o Novo ensina essas duas, mas também revela a terceira, que não é ensinada no Velho, e que é a Sua vinda secreta. Uma destas vindas já aconteceu, Sua vinda em humildade, enquanto que as outras estão ainda no futuro. Ao lermos um pouco mais atentamente, notaremos que enquanto percebemos duas vindas futuras, estritamente falando, trata-se somente de uma em duas fases distintas. Consideremos então estas vindas.


Sua vinda em humildade


Logo no princípio, em Gênesis 3, quando o pecado entrou no mundo, Deus disse à serpente: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua Semente; esta te ferirá a cabeça, e tu Lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15). Aqui temos a primeira, embora velada, referência à encarnação do Senhor Jesus, e ao fato que naquela encarnação nenhum homem estaria envolvido. Isto levanta um problema insuperável, até que a resposta é dada em Isaías 7:14: “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o Seu nome Emanuel”. O lugar é afirmado com clareza em Miquéias 5:2: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti Me sairá O que governará em Israel, cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”.
Depois de se passarem séculos, essas profecias foram cumpridas.
Muitas Escrituras poderiam ser citadas para provar isso, mas as seguintes serão suficientes: “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso também o Santo que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1:35). “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4:4).
“Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco; que Deus enviou Seu Filho Unigênito ao mundo, para que por Ele vivamos. Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós, e enviou Seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.
E vimos, e testificamos que o Pai enviou Seu Filho para Salvador do mundo” (I Jo 4:9-10, 14).
A humildade da Sua vinda é enfatizada em Filipenses 2:6-8, onde lemos acerca do Senhor Jesus: “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens; e achado na forma de homem, humilhou-Se a Si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz”.

 

Sua vinda em glória


Há muitas Escrituras do Velho Testamento que claramente indicam que Cristo virá novamente em glória e estabelecerá o Seu reino na Terra: “Porque um Menino nos nasceu, um Filho Se nos deu, e o principado está sobre os Seus ombros, e se chamará o Seu nome: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no Seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto” (Is 9:6-7). “Eu estava olhando nas minhas visões de noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o Filho do homem; e dirigiu-Se ao Ancião de dias, e O fizeram chegar até Ele. E foi-Lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas O servissem; o Seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o Seu reino tal, que não será destruído” (Dn 7:13-14). “Falarão da glória do Teu reino, e relatarão o Teu poder, para fazer saber aos filhos dos homens as Tuas proezas e a glória da magnificência do Teu reino. O Teu reino é um reino eterno; o Teu domínio dura em todas as gerações” (Sl 145:11-13).
Estas profecias precisam ser cumpridas, como afirmado em I Coríntios 15:25 (VB): “Porque é necessário que reine até que ponha todos os seus inimigos debaixo dos Seus pés”. Elas se cumprirão quando Ele vier em glória, e este é o ensino do Novo Testamento. Há uma abundância de exemplos: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (Mt 24:30). “… quando Se manifestar o Senhor Jesus desde o céu com os anjos do Seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do Seu poder, quando vier para ser glorificado nos Seus santos, e para Se fazer admirável naquele dia, em todos os que crêem” (II Ts 1:7-10).
Para maiores detalhes sobre esta fase da Sua vinda o leitor deve ler os caps. 11 e 12 deste livro.

 

Sua vinda secreta


Há muitas referências a isto no Novo Testamento, e nenhuma no Velho. Esta etapa da Sua vinda é exclusiva ao Novo Testamento, e é a esperança iminente de todos os salvos desta dispensação.
 

As pessoas envolvidas


Esta vinda secreta do Senhor Jesus, comumente chamada de Arrebatamento, tem sido a esperança de todo cristão neste “dia da salvação”, que é o período desde Pentecostes, em Atos 2, até ao momento da Sua vinda para a Igreja. Alguns têm sugerido que ela inclui somente parte da Igreja, isto é, o elemento espiritual, e que todos os outros serão deixados para trás. Eles dão a isto o nome de “teoria do arrebatamento parcial”. Temos que nos certificar se ela tem ou não base bíblica.
Primeiro, considerando a questão do ponto de vista lógico, é uma tolice, já que a Igreja é uma entidade coesa, seja ela considerada como um edifício, um corpo ou uma noiva, e parte do edifício, do corpo ou da noiva não pode ser arrebatado sem demolir o edifício, mutilar o corpo ou dissecar a noiva.
Segundo, se somente os espirituais serão arrebatados, como poderia o apóstolo Paulo, sob inspiração, escrever aos Coríntios: “Eis aqui vos digo um mistério: na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados” (I Co 15:51). Isto não foi escrito aos espirituais, ele incluiu todos. Quem eram os “todos”? Ele se refere, inequivocamente, a alguns dentre eles que eram “carnais” e “meninos em Cristo”. “E eu, irmãos não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como eninos em Cristo … Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo do homens? Porque dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais?” (I Co 3:1, 3-4). Até estes estavam incluídos nos “todos” que serão transformados quando Ele vier. O apóstolo ensinou a mesma verdade em I Tessalonicenses 5:9-10: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com Ele”. Os que vigiam e os que dormem, nestes versículos, não se refere aos que vivem e aos que já morreram, mas àqueles que estão espiritualmente atentos e àqueles que se encontram num estado de letargia espiritual.
Estes cristãos, em ambos os estados espirituais, obterão a salvação da ira, ou seja, da ira da tribulação na Terra.
O período envolvido Quando acontecerá este Arrebatamento? A vinda do Senhor Jesus em glória é profetizada como sendo acompanhada de sinais. Assim Mateus 24:29-30: “E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol se escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão dos céus, e as potências que estão nos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória”. “Ora, naqueles dias, depois daquela aflição, o sol se escurecerá, e a lua não dará a sua luz. E as estrelas cairão do céu, e as forças que estão nos céus serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem nas nuvens, com grande poder e glória” (Mc 13:24-26). “Mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça. O sol se
converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor” (Jl 2:30,31). “E haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramidodo mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima” (Lc 21:25-28).
Esta ênfase em sinais está totalmente ausente quando pensamos no Arrebatamento. Comumente se diz em relação ao Arrebatamento, que podemos observar sinais mas não procurar por eles. Assim a vinda do Senhor Jesus aos ares tem sido a esperança de todos os salvos através dos séculos desde o dia de Pentecostes. Nunca poderiam ter dito que o Senhor não poderia vir porque certo acontecimento específico tinha que se realizar. Podemos, e devemos, esperar por Ele a qualquer momento.

A pergunta: “A Igreja passará pela Tribulação?” é vasta demais para ser respondida nestas poucas páginas. Entretanto, quando compreendemos que “ira”, na Bíblia, tem a ver com homens vivos sobre a Terra que provam o desprazer pessoal de Deus, e isto frequentemente inclui o período da Tribulação, então há vários textos que claramente mostram que a Igreja não passará por esta Tribulação, e pode ser arrebatada a qualquer momento. Paulo escreveu aos cristãos tessalonicenses: “… e esperar dos céus a Seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (I Ts 1:10). JND traduz: “… e aguardar Seu Filho dos céus, a quem ressuscitou de entre os mortos, Jesus, nosso libertador da ira futura”. I Tessalonicenses 5:9 já foi citado acima: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo”. Nenhuma destas referências diz respeito à salvação do castigo dos pecados, já que isso foi eternamente resolvido no momento em que os tessalonicenses dos ídolos se converteram a Deus para servir o Deus vivo e verdadeiro (I Ts 1:9).
Trata-se, portanto, da ira da Tribulação que virá sobre a Terra e seus habitantes, depois da Igreja ter sido arrebatada. Também podemos ler em Apocalipse 3:10: “Como guardaste a palavra da Minha paciência, também Eu te guardarei na hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra”. De que mais pode isto estar falando senão da Tribulação?
Em figura, o arrebatamento se dá no início de Apocalipse 4, quando João é chamado e trasladado ao Céu. O período da Tribulação não começa até o primeiro selo ser aberto no início do cap. 6. É óbvio que a Igreja não poderá estar no Céu e na Terra ao mesmo tempo. Graças a Deus, todos os que são genuinamente salvos aguardam a vinda do próprio Senhor aos ares para chamá-los e levá-los à glória.
Uma variedade de Escrituras trata deste grande acontecimento, que será o próximo acontecimento no calendário do Céu.
• A promessa da Sua vinda — “virei outra vez” (Jo 14:3);

• A perspectiva da Sua vinda — “esperamos o Salvador” (Fl 3:20-21);
• O poder da Sua vinda — “seremos transformados” (I Co 15:51-58);
• A purificação da Sua vinda — “qualquer que nele tem esta esperança, purifica-se a si mesmo” (I Jo 3:3);
• Os pormenores da Sua vinda — (I Ts 4:13-15).


Os pormenores da Sua vinda


Para economizar espaço, este capítulo se concentrará nesta última referência (I Ts 4). Ambas as cartas aos Tessalonicenses tem como assunto principal a Vinda do Senhor, mas com as diferenças acima mencionadas, realçadas e salientadas. Os seguintes contrastes são geralmente, mas não exclusivamente, verdadeiros:
• I Tessalonicenses trata da Vinda do Senhor em relação aos santos, enquanto II Tessalonicenses trata da Vinda do Senhor em relação à Terra.
• I Tessalonicenses tem em vista a Vinda do Senhor para Seus santos, enquanto II Tessalonicenses tem em vista a Vinda do Senhor com os Seus santos.
• I Tessalonicenses trata da Vinda do Senhor para glória e bênção, mas II Tessalonicenses trata da Vinda do Senhor para condenação e juízo.
• Em I Tessalonicenses o problema tinha a ver com os mortos: “Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem” (4:13), mas em II Tessalonicenses o problema era com os vivos: “Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se o dia de Cristo [do Senhor, JND] estivesse já perto” (2:2).

O paralelo com João 14 é inconfundível, e indica claramente que se referem ao único e mesmo acontecimento (veja tabela na próxima página).

João 14
“Não se turbe o vosso coração” (v. 1)
“Credes em Deus, crede também em Mim” (v. 1)
“Se assim não fora, Eu vo-lo teria dito” (v. 2)
“Virei outra vez” (v. 3)
“Para que onde Eu estiver estejais vós também” (v. 3)

 

I Tessalonicenses 4
“Consolai-vos uns aos outros …” (v.18)
“Se cremos que Jesus …” (v. 14)
“Dizemo-vos, pois, pela palavra do Senhor” (v. 15)
 “O mesmo Senhor descerá” (v. 16)
“Estaremos sempre com o Senhor" (v. 17)


A certeza desta emocionante verdade é vista em I Tessalonicenses 4:15-17 pelo emprego de cinco verbos no tempo futuro.
• Instrução — “Dizemo-vos, pois isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos não precederemos os que dormem”.
• Intervenção — “O mesmo Senhor descerá do céu com alarido”
• Ressurreição — “Os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro”
• Translação — “Nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados”
• Continuação — “Assim estaremos sempre com o Senhor”


A verdade contida em I Tessalonicenses 4:13-18 pode ser estudada sob os seguinte cabeçalhos:
• Reafirmação — “Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantesacerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais”;
• Razão — “Porque se cremos … assim também”;
• Revelação — “Dizemo-vos, pois, isto, pela Palavra do Senhor”;

• Retorno — “Porque o próprio Senhor descerá dos céus”;
• Ressonância — “Com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus”;
• Ressurreição — “Os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro”;
• Retirada — “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados”;
• Reunião — “Juntamente com eles nas nuvens”;
• Recepção — “A encontrar o Senhor nos ares”;
• Região — “E assim estaremos sempre com o Senhor”;
• Repouso — “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.”

 


Reafirmação


“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança” (v. 13).
A verdade que Paulo ia transmitir a eles tinha a ver com aqueles que “dormiam”, e era um assunto que eles ignoravam e que lhes era desconhecido naquele momento.
Ignorância — isso pode ser visto nas outras ocorrências desta palavra:
• Propósito em serviço: “Não quero, porém, irmãos, que ignoreis que muitas vezes propus ir ter convosco (mas até agora tenho sido impedido)” (Rm 1:13).
• Período de cegueira: “Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado” (Rm 11:25).
• Privilégio dos pais: “Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar” (I Co 10:1).
• Prática dos dons: “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (I Co 12:1).
• Perseguição de servos: “Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia” (II Co 1:8).
• Pormenores do Arrebatamento: “Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes” (I Ts 4:13).
Dormem — a frase “os que já dormem” indica aqueles que de tempos em tempos adormecem e continuam adormecidos. É muito importante notar que sono nunca se refere à alma, mas é sempre uma referência ao corpo. Em I Tessalonicenses essa palavra é usada novamente somente nos vs. 14 e 15, mas não em 5:6, 7, 10, onde uma palavra diferente é empregada. Por exemplo, a palavra no v. 13 é aquela usada em Mateus 27:51: “Muitos corpos dos santos que dormiam foram ressuscitados”; João 11:11, “Lázaro, o nosso amigo dorme”; Atos 7:60: “E tendo dito isto, adormeceu”; I Coríntios 15:6: “mas alguns já dormem”; 15:18: “e também os que dormiram em Cristo estão perdidos”; 15:20, “foi feito as primícias dos que dormem”; 15:51: “Eis aqui vos digo um mistério: na verdade, nem todos dormiremos”. Portanto é uma referência clara a santos dormindo na morte Se a verdade que iria resolver a sua dificuldade era desconhecida a eles, não poderia ser a ressurreição, pois isto eles já conheciam. “Disse-Lhe Maria: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia” (Jo 11:24).
A verdade que ele estava para transmitir tinha por finalidade ajudá-los a superar a sua tristeza. Assim ele escreveu: “para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança”. Isto não era para ensinar-lhes que era errado para um cristão se entristecer, nem é o âmbito da tristeza condenada, mas está dizendo que o caráter da tristeza é diferente. O Senhor chorou junto ao sepulcro de Lázaro, e Ele também nunca condenou a tristeza de Jairo ou da viúva de Naim. O descrente sofre uma tristeza contínua porque eles “não têm esperança”. Esse é o desespero dos pagãos que não têm esperança após a morte; eles não têm a perspectiva certa e jubilosa de glória eterna.
Não pode ser que eles não tinham esperança de ressurreição, já que isto era ensinado no Velho Testamento. Foi ensinado em figura — Isaque: “E disse Abraão aos seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e havendo adorado, tornaremos a vós” (Gn 22:5). Essa passagem é interpretada em Hebreus 11:18-19: “Conside rou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar; e daí também em figura ele o recobrou”. Foi ensinado por profecia como visto em Jó 19:25-26: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus”, e em Daniel 12:2: “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno”. O próprio Senhor Jesus o ensinou por preceito em João 5:28-29: “Porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação”.


Razão


“Porque se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também os que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com Ele” (v. 14).
Aqui o apóstolo dá a razão pela qual não nos entristecemos como os demais. É por causa da fé. O argumento aqui é que, visto que cremos num fato, “assim também” cremos em outro. Nós, em comum com todos os outros cristãos, “cremos que Jesus morreu e ressuscitou”. Trata-se de dois acontecimentos completos que não deixam espaço para a ideia de processo. Chegou um momento quando Ele morreu. Não foi um desmaio, nem um processo prolongado enquanto Sua vida ia se dissipando até que Ele ficou tão fraco que sucumbiu à morte. Note as palavras de João 19:28-30: “Depois, sabendo Jesus que todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede. Estava pois ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja, e pondo-a num hissope, lha chegaram à boca. E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E inclinando a cabeça, entregou o espírito”. Isto está de acordo com o que Ele ensinou em João 10:17-18:
“Por isto o Pai me ama, porque dou a Minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de Mim, mas Eu de Mim mesmo a dou; tenho poder  ara a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de Meu Pai”. Assim também com Sua ressurreição. Não foi a recuperação lenta de um desmaio, mas um momento exato quando Ele saiu de entreos mortos.

Agora, Paulo argumenta, já que cremos no fato da Sua morte e ressurreição, cremos também no fato que eles serão trazidos com Ele.

Logo, a locução adverbial “assim também” governa a nossa convicção.
O problema tinha relação com aqueles que haviam morrido, descritos como “os que em Jesus dormem”. Literalmente, isso poderia ser traduzido: “aqueles que foram postos para dormir através de Jesus”. Será que o versículo significa: “dormem em (através de) Jesus” ou “em (através de) Jesus, Deus tornará a trazer”? JND diz: “assim Deus também trará com Ele aqueles que adormeceram através de Jesus”. Isto significa que o “instrumento” que Deus usa para pôr um cristão para dormir é Jesus. Hebreus 2:14 nos ensina que uma das razões por que Jesus, o homem Compassivo, passou pela morte foi para que “aniquilasse o que tinha (‘tem’, JND) o império da morte, isto é, o diabo”. O diabo não tem poder para tocar o cristão em relação a morte, antes o cristão é posto para dormir por Jesus. É como se estivéssemos ouvindo dizer que quando o cristão chega ao fim da vida Jesus põe sobre ele a Sua mão e lhe dá descanso no sono. Que maravilhoso!

 

A próxima frase: “Deus os tornará a trazer com Ele”, e em especial a expressão “com Ele”, é a chave para compreendermos o ensino da passagem. Várias interpretações já foram sugeridas, muitas das quais são muito improváveis. Aquelas que alcançaram certa popularidade são as seguintes:
i) Os espíritos dos crentes mortos são trazidos, no Arrebatamento, para serem reunidos com seus corpos.
ii) Os corpos dos santos são ressuscitados.
iii) Os santos (corpo, alma e espírito) são todos trazidos quando Ele aparece na Sua gloriosa manifestação para estabelecer o Seu reino.


Qual destas é a verdade?
i) Este não pode ser o ensino da passagem, já que o problema em Tessalônica não tinha nada a ver com espíritos, e sim com corpos.
ii) O problema em Tessalônica era ressurreição? A resposta é um retumbante não. Já notamos acima que todos, inclusive os santos do Velho Testamento, tinham conhecimento da ressurreição. Paulo precisava de algum ensino novo para superar este problema; ele precisava de uma palavra do Senhor.
iii) A verdade do Arrebatamento era conhecida através do ensino do próprio Senhor, como já indicado. Entretanto, os pormenores do Arrebatamento eram desconhecidos até que este capítulo foi escrito, e estes detalhes, anteriormente ignorados, são agora revelados para desfazer os temores que os Tessalonicenses tinham em relação aos seus entes queridos. Eles seriam levados ao Céu, para que quando o Senhor Jesus vier para estabelecer o Seu Reino eles venham com Ele. Os detalhes sobre isto são explicados nos parágrafos seguintes.
Em Atos 17:7 a acusação feita contra os pregadores era: “todos estes procedem contra os decretos de César, dizendo que há outro rei, Jesus”.
Tudo que eles sabiam era sobre um Rei vindouro, o que obviamente significava glória; assim I Tessalonicenses 2:12 diz: “para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o Seu reino e glória”. Alguns dizem que os tessalonicenses tinham um conhecimento do Arrebatamento, baseados nas palavras de 1:10: “E esperar do céus a Seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura”. Mas, isso é simplesmente uma declaração daquilo que o apóstolo iria expor plenamente nestes versículos do cap. 4. Devemos notar também que 1:10 se refere aos vivos e não esclarece o problema dos santos mortos.
Alguns haviam morrido, e por causa disto surgiu a pergunta: teriam eles perdido este reino e a glória? A resposta é, não, eles seriam trazidos “com Ele”. A palavra “com” traduz a preposição sun, que indica união.
Ensinar que isso significa ressurreição parece forçar demais o significado de sun. Paulo poderia ter escrito que eles serão ressuscitados por Ele, ou através dEle, mas certamente não “com Ele”.
Pode-se argumentar que sun é usada desta maneira em II Coríntios 4:4: “Sabemos que O que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus e nos apresentará convosco”. Neste versículo o texto Nestle usa sun, mas o texto Stephens usa dia. Dia é aceito por Wigram, Bloomfield e Newberry. É correto afirmar que não há referência clara no Novo Testamento a sun sendo usada para indicar união em ressurreição.
Neste mesmo contexto sun é usada da nossa união com Ele em glória: “E assim, estaremos sempre com o Senhor” (v. 17).
É interessante que no Novo Testamento de JND ele coloca os vs. 15-18 entre parênteses, ligando assim “com Ele” aos tempos e estações do cap. 5. As únicas outras referências a tempos e estações estão em Daniel 2:21 e Atos 1:7, e elas têm a ver com o Reino e os planos de Deus com a Terra. Assim o apóstolo está ensinando que os santos não perderam a glória do reino, mas serão trazidos com o Senhor Jesus no momento da Sua manifestação para estabelecer o Seu reino.
Entretanto, isto apresenta outro problema. Se eles morreram e, por conseguinte, seus corpos estão na sepultura, como podem eles vir com Ele desde os Céus? Como que eles vão do sepulcro para a glória? Temos a resposta nos vs. 15-18 — o Arrebatamento acontecerá.

 

Revelação

 

“Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor; que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem” (v. 15).

Providenciar uma solução para esse dilema necessitava de uma revelação do Senhor. Portanto, ele escreve: “Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor”. Novamente devemos notar que o Senhor Jesus, em João 12-14, tinha ensinado sobre a verdade do Arrebatamento, mas esta era a primeira vez que este ensino havia sido dado por escrito. O fato geral havia sido afirmado em 1:10, mas mesmo isto não poderia ser plenamente compreendido até que estes versículos, no cap. 4, foram escritos. Paulo declara que quando o Senhor vier, nós, os vivos, de modo nenhum precederemos, ou iremos antes, daqueles que foram postos para dormir. Isto pode ter soado estranho aos ouvidos e precisava de mais explicações. Agora ele apresenta os detalhes do que irá acontecer no Arrebatamento dos santos.


Retorno


“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com a voz do arcanjo, e com a trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro”(v. 16).
Quão terna é a expressão: “O mesmo Senhor descerá do céu”. O Noivo não enviará outro para buscar a Sua Noiva. A Igreja é tão precioA realidade da Sua vinda 163
sa que Ele não enviará outro a buscá-la, mas Ele mesmo virá.


Ressonância


“… com alarido [‘grande brado’, VB], com a voz do arcanjo, e com a trombeta de Deus” (v. 16).
O “brado” introduz uma ordem. Traz a ideia de um grito de estímulo através do qual os animais são estimulados e impelidos pelo homem; como os cavalos que puxam charretes, ou os cães caçadores. Era usado como um sinal aos homens, como a remadores, por exemplo, pelo mestre de um navio, ou aos soldados pelo seu comandante. Na Septuaginta a palavra é usada em Provérbios 30:27: “Os gafanhotos não têm rei; e contudo todos saem, e em bandos se repartem”. Literalmente, seria: “a
uma palavra de comando, marcham em ordem”.

Obviamente, existe somente um que pode mandar a Igreja deixar a Terra, e este é aquele que vem, em pessoa, buscar a Sua noiva. Esta voz é a voz do Senhor. As expressões seguintes procuram descrever este brado. Não são três vozes ou sons, mas somente um. Sua voz pode ser descrita do ponto de vista celeste como “voz de arcanjo”, e de um ponto de vista terrestre como “trombeta de Deus”. Estas expressões são descritas como anartras, isto é, elas não levam o artigo definido e são, portanto, características. Esta é a voz que se ouviu no túmulo de Lázaro em João 11:43: “E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora”, e aquele que estava morto foi ressuscitado. A ideia de trombeta é aquela de I Coríntios 15:52: “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta”, quando os vivos serão transformados.
Devemos afirmar, para que seja claramente entendido, que esta é a última das trombetas relacionadas a esta dispensação, e não está relacionada com as trombetas de Apocalipse caps. 8 e 9. É a voz que foi ouvida por João em Apocalipse 1:10: “Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro”. Ele ouviu a mesma voz novamente chamando-o ao Céu em Apocalipse 4:1: “E eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz que, como de trombeta, ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui”. O que aconteceu a João é uma figura do que acontecerá à Igreja quando I Tessalonicenses 4 for cumprido e a Igreja arrebatada.

 

Ressurreição


“Os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” (v. 16).
Note a beleza da exatidão das palavras da Bíblia. Note que eles “dormiram através de Jesus”, mas são mencionados como “mortos em Cristo”. Foi o toque carinhoso do Compassivo Homem Jesus que fê-los adormecer, mas é Cristo, o Homem exaltado que vela sobre eles agora.

Repare novamente que não há nenhuma sugestão de algum cristão permanecer na sua sepultura. Todos aqueles que morreram “em Cristo” serão ressuscitados, e não haverá exceções.


 Retirada 


“Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados” (v. 17).
Novamente observamos que não há nenhuma sugestão de dois grupos, o carnal e o espiritual. Todos os que estiverem vivos, quando acontecer o Arrebatamento, serão levados. A expressão “seremos arrebatados” não permite nenhuma sugestão de um processo longo e demorado.
As outras ocorrências da palavra devem ser examinadas, e o toque de intensidade e a irresistibilidade da força, devem ser notadas. Mateus 13:19: “Vem o maligno e arrebata o que foi semeado no coração”. João 10:12, 28-29: “O lobo as arrebata e dispersa o rebanho … Dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da Minha mão. Meu Pai, que mas deu, e maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão do Meu Pai”. Atos 8:39: “O Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não o viu mais o eunuco”. II Coríntios 12:2, 4: “Um homem que … foi arrebatado ao terceiro céu … foi arrebatado ao paraíso, e ouviu palavras inesquecíveis”. Apocalipse 12:5: “E deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para Seu trono”. Assim todos os vivos serão irresistivelmente arrebatados da Terra.


Reunião


“Juntamente com eles nas nuvens” (v.17).
Uma reunião maravilhosa acontecerá quando os mortos ressuscitados e os vivos transformados forem arrebatados, juntamente. Quão eleitável é a palavra “juntamente”. Numa frase, essa palavra geralmente poderia ser omitida e a frase ainda faria sentido. Por exemplo, Salmo 133:1 (VB): “Eis, quão bom e quão agradável é habitarem juntos os irmãos”. Filipenses 1:27: “Combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho”. Mateus 18:20: “Porque onde estiverem dois ou três juntamente reunidos em Meu Nome, aí estou Eu no meio deles” (AV). Em cada uma destas citações a palavra “juntamente” ou “juntos” inclui todos, assim também aqui no v. 17. Encontrar-nos-emos todos juntos e então seremos recebidos por Ele.


Recepção


“A encontrar o Senhor nos ares” (v. 17).
As únicas outras ocorrências de “encontrar” ou “ao encontro” estão em Mateus 25:1, 6: “Dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo … e à meia-noite, ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro”. Atos 28:15: “Ouvindo os irmãos novas de nós, nos saíram ao encontro à Praça de Ápio”. W. E. Vine cita Moulton, que diz: “Parece que a ideia específica da palavra era dar as boas-vindas oficiais a um dignitário recém-chegado”. Os santos se encontrarão com o Senhor, e isto acontecerá “nos ares”.

A passagem menciona três esferas. O Senhor descerá desde o “Céu”, que é o lugar da habitação de Deus. Os mortos ressuscitados e os vivos transformados se encontrarão uns com os outros “nas nuvens”, que é o domínio das aves e da aviação. Eles em seguida avançarão para “os ares”, que é mais elevado que as nuvens e é o domínio de Satanás, e lá O encontrarão! Em Lucas 16:22 o mendigo “foi levado pelos anjos para o seio de Abraão”. A Igreja terá algo muito melhor do que uma escolta angelical pelo território de Satanás; será o próprio Senhor!

 

Ele vem, vem para nós;
Logo ouviremos Sua voz acima;
Mortos e vivos, ressurgindo, sendo transformados,
Num piscar de olhos,
Serão arrebatados todos juntos
Para o encontro nos ares;
Com um brado o Senhor, descendo,
Pessoalmente nos aguardará.1
(A. M. Monteath)


 

 

Região

 


“E assim estaremos sempre com o Senhor” (v. 17).
Que glorioso! Será maravilhoso estar com amigos e com entes queridos, mas isto é sobremodo superior: “estaremos com o Senhor”. E isto não é tudo. Não é que estaremos com Ele por um período limitado e passageiro, mas para sempre! Aqueles dois no caminho de Emaús, em Lucas 24, gozaram da Sua companhia por um pouco, mas depois Ele partiu; entretanto uma despedida será coisa desconhecida na glória.
Essa união nunca será desfeita, e Sua presença será desfrutada eternamente.
Trata-se da expressão de uma verdade espiritual, e não material.
Não está falando de uma proximidade física, mas de um gozo espiritual e eterno. Isso será vida eterna em toda a sua plenitude, e será o cumprimento da promessa do Senhor: “Virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver, estejais vós também” (Jo 14:3).

 

Repouso


“Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (v. 18).
Aqueles que estavam enlutados poderiam enxugar as suas lágrimas e encontrar conforto nestas palavras. Aqueles que já haviam ido não estavam em desvantagem. De fato, eles têm uma vantagem sobre os vivos. Eles ressuscitarão primeiro e estarão envolvidos naquela grande reunião, participando plenamente de toda a glória que há de ser revelada.

 

Que bem-aventurança! Quão animador! Que conforto!
Nós todos nos reuniremos no porvir,
Nosso bendito Redentor a contemplar;
Encontraremos amigos que partiram primeiro,
Que encontro então será!
(Autor desconhecido)

 

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