A compaixão do Seu sacerdócio

 

A compaixão do Seu sacerdócio


por J. Paterson Jr., Escócia


Introdução


Os ministérios do nosso Senhor Jesus Cristo como Profeta, Sacerdote e Rei são a chave para o propósito da encarnação. Seu ministério profético se ocupava com a revelação da mensagem de Deus; o ministério sacerdotal está relacionado com a Sua obra intercessora; Seu ministério real Lhe dá o direito de reinar sobre Israel e toda a Terra. Toda a intenção Divina destes três ministérios históricos atingiram, perfeitamente, seu ponto culminante no Senhor Jesus Cristo.


Como Profeta


O profeta era a voz através da qual Deus falava à humanidade. Ao ser estabelecido o ministério profético em Deuteronômio 18:15-18, já se almejava seu cumprimento final no Senhor Jesus Cristo. Quando Ele veio, Ele plenamente revelou o Pai ao povo. “Esse O revelou” (Jo 1:18).


Como Rei


Em Gênesis 49:10 Jacó profetizou que o Messias viria da tribo de Judá e reinaria como rei. No Salmo 2:6 Deus anunciou que Seu Filho seria estabelecido como Rei em Jerusalém. O Salmo 110 indica que, como rei, Ele dominaria, subjugaria e reinaria sobre os Seus inimigos: “Disse o Senhor ao Meu Senhor: Assenta-Te à Minha direita, até que ponha os Teus inimigos por escabelo de Teus pés” (Sl 110:1).


Como Sacerdote


Enquanto o profeta revelava Deus ao homem, o sacerdote representava o homem diante de Deus. Antes dos tempos de Moisés, o chefe da família oferecia os sacrifícios. Nos dias de Abraão o sacerdote era o pai ou o membro mais velho da família. Historicamente, quando a família crescia e formava uma tribo, o cabeça, além de sacerdote, se tornava rei; assim ele era o sacerdote/rei da sua tribo. Quando as doze tribos cresceram e formaram a nação de Israel, que Deus libertou da escravidão, o sacerdócio foi criado através de Arão, da tribo de Levi, que veio a ser o sacerdócio levítico, administrando a ordem de ministério sacrificial como definido por Deus.
Mais tarde outra família, a linhagem de Davi, seria separada para ser a família real. Nenhum rei poderia ser sacerdote, embora pudesse ser profeta. Nenhum sacerdote poderia ser rei, embora pudesse também ser profeta. Entretanto, o Senhor Jesus ocupará as três posições eternamente.
Enquanto Ele as mantém eternamente, Ele desempenha os ministérios cronologicamente. Como profeta Ele é visto durante o Seu ministério público (Jo 1:18). Sua posição como profeta é mencionada em João 4:44: “Porque Jesus mesmo testificou que um profeta não tem honra na sua própria pátria”. No Seu primeiro advento, Ele foi apresentado como Rei: “Onde está aquele que é nascido Rei dos judeus?” (Mt 2:2). Entretanto Ele foi rejeitado como Rei: “Não temos rei, senão César” (Jo 19:15). No Seu segundo advento Ele será reconhecido como Rei, e oficiará como tal (Mt 25:35-45). No presente Ele mantém
e atua como Sumo Sacerdote: “chamado por Deus Sumo Sacerdote”. (Hb 5:10)


Grandes são as posições que Ele ocupa,

E radiante Se manifesta Seu caráter

Exaltado sobre o trono.
(Samuel Medley)


Seu sacerdócio contrastado


O escritor aos Hebreus mostra com clareza que o sacerdócio de Cristo está em contraste absoluto com o sacerdócio de Arão. Estes contrastes são claramente traçados, e embora não haja oportunidade para ampliação nesta publicação, vale a pena destacá-los para um posterior estudo pessoal.
A partir de Hebreus 7:21 vemos que o sacerdote do Velho Testamento tornou-se sacerdote “sem juramento”, enquanto Cristo tornou--Se sacerdote por um juramento (Hb 7:20-21). O sacerdócio da antiga ordem consistia em “muitos sacerdotes” (Hb 7:23), mas a palavra do Senhor para Ele é: “Tu és sacerdote eternamente” (Hb 7:21), fazendo-O o único Sacerdote eterno, e removendo a necessidade de um sacerdócio operando perante Deus a favor do povo. A morte impedia o desempenho prolongado dos sacerdotes da ordem de Arão (Hb 7:23). Isto levou a um sacerdócio marcado por mudanças contínuas. O contraste com
Cristo é glorioso, porque Ele permanece para sempre. “Mas Este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo” (Hb 7:24).
As limitações que caracterizavam os sacerdotes do Velho Testamento acabaram; o sacerdócio de Cristo é ilimitado, e já que Ele vive para sempre, pode salvar eternamente (Hb 7:25). O pecado causava a contaminação constante do sacerdote do Velho Testamento, e consequentemente exigia contínua purificação pessoal: “primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo” (Hb 7:27). Cristo, no entanto, é “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores” (Hb 7:26). Seu
sacrifício é singular e tem um efeito permanente: “porque isto fez Ele, uma vez, oferecendo-Se a Si mesmo” (Hb 7:27). O primeiro sacerdócio era composto de homens que eram sujeitos à enfermidade e, portanto, fracos, mas Ele é o Filho de Deus “que é perfeito para sempre” (Hb 7:28). O serviço do sacerdote do Velho Testamento era desempenhado como “exemplo e sombra das coisas celestiais” (8:5), e eles serviam num tabernáculo terrestre erguido por homens (8:5). Cristo, em contraste, entrou no verdadeiro tabernáculo que “o Senhor fundou” e realiza o Seu ministério à destra do trono da “majestade nos céus” (8:1-2). O sacerdócio do Velho Testamento, não importa quão correto e glorioso, não podia alcançar o propósito final de Deus para ele. Como resultado, um “outro sacerdote” precisa substitui-lo (7:17). Agora que Cristo veio, foi providenciado um sacerdócio e sacrifício melhor, e um meio melhor para que o cristão possa se aproximar de Deus e chegar-se ao trono da graça através do sangue de Cristo. Neste novo e melhor concerto vemos a habilidade salvadora do novo Sacerdote: “E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer, mas Este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7:23-25). No sacerdócio de Arão, cada sacerdote tinha um final definitivo para o seu serviço, causado pela sua própria morte: “E Moisés despiu a Arão de suas vestes, e as vestiu em Eleazar, seu filho; e morreu Arão ali sobre o cume do monte” (Nm 20:28). Josué 24:33 diz: “Faleceu também Eleazar, filho de Arão” (Josefo menciona 83 sumo sacerdotes diferentes, começando com Arão e indo até a destruição do Templo em 70 a. D.). Assim não havia sacerdotes permanentes e duradouros. A glória do novo sacerdócio é que ele é eterno. A linhagem de Arão era mutável, transitória, temporal, interrupta e transferível. Em contraste, o sacerdócio de Nosso Senhor Jesus Cristo é imutável, inalterável, ininterrupto e intransferível. Portanto, Ele é capaz de realizar aquilo que o sacerdócio do Velho Testamento nunca pôde. Ele é capaz de remover o pecado pelo Seu Sacrifício perfeito, e a aplicação do sacrifício permanece para sempre devido à Sua vida infinita.
Em 7:15-17 o escritor declara que o sacerdócio de Cristo não se assemelha à ordem Levítica, mas à ordem de Melquisedeque. A razão disso é que o sacerdócio de Cristo não está baseado no mandamento carnal, e sim no poder da Sua vida ressurreta eterna. Este é o fato sendo estabelecido pelo escritor, ao associar o sacerdócio de Cristo com o de Melquisedeque — que a pessoa que abençoou Abraão não teve princípio nem fim registrados e, no entanto, ele era um “sacerdote do Deus Altíssimo” (Gn 14:18). Assim o sacerdócio de Cristo não está confinado à ordem terrestre do concerto de Moisés. Não é temporal, nem é uma sombra, mas a própria realidade: “Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés foi divinamente avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou. Mas agora alcançou Ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas” (8:5-6).


Seu sacerdócio comparado


No final de Hebreus 6 e no cap. 7 o escritor retoma sua exposição sobre o assunto do sacerdócio, e reintroduz Melquisedeque e sua comparação com o Filho de Deus (7:1). A descrição definitiva deste homem vem no final do v. 3: “permanece sacerdote para sempre”, e se refere à descrição dele, tipicamente, em relação ao Senhor Jesus. Sabemos muito
pouco deste homem além da narrativa de Gênesis 14. Abraão ou o reconheceu como alguém que adorava o Deus Altíssimo, ou ouviu falar dele através de outros, porque ele ofereceu livremente o dízimo dos seus despojos de guerra, e isso indica algum contato ou conhecimento prévio.
Abraão recebeu o alimento e a bênção deste sacerdote depois da sua vitória, e logo em seguida Melquisedeque desaparece da história. Ele é o primeiro a ser chamado de sacerdote nas Escrituras. Precisamos afirmar cuidadosamente que seria enganoso tomar como literal a descrição da genealogia de Melquisedeque, no v. 3. O significado da afirmação é que não há registro de pai e mãe. No importante registro das genealogias do sacerdócio não haveria menção deste nome. Obviamente ele tinha ascendência natural, e por isso não deve ser considerado uma pessoa miraculosa e misteriosa; mas sim que sua genealogia não é encontrada no registro do sacerdócio levítico. Talvez ajude destacar que, embora já sugerido, a aparição de Melquisedeque em Gênesis 14 não é uma Teofania. (“Teofania” é o nome dado a uma aparição do Senhor Jesus Cristo aqui na Terra antes da Sua encarnação (N. do E.).

O escritor aos Hebreus declara: “Considerai, pois, quão grande era este” (Hb 7: 4). Um dos requisitos para ser sacerdote era a necessidade de ascendência humana. Isto é um argumento forte contra esta aparição ser o Cristo pre-encarnado. Outra razão por não ser Cristo é que no Velho Testamento, Teofanias vinham e iam. Davam a mensagem e não ficavam na Terra permanentemente para oficiar como sacerdote ou rei. Este homem, quem quer que fosse, é mencionado como sendo o rei de Salém (Jerusalém). Quando as Escrituras comparam Cristo com o sacerdócio de Melquisedeque, lemos: “… feito semelhante ao Filho de Deus” (7:3). O que é enfatizado nas Escrituras são algumas semelhanças paralelas no ministério, mas não na natureza do seu ser.
Assim, desta maneira ele era um tipo de Cristo no seu papel mediador, mas não era o próprio Cristo. O autor contrasta os dois sacerdócios.
O Senhor Jesus não serviu como sacerdote na Terra porque Ele não era da tribo de Levi, e sim de Judá: “Visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo Moisés nunca falou de sacerdócio” (7:14). De novo em 8:4: “Ora, se Ele estivesse na terra, nem tampouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei”. Como já vimos no Velho Testamento o sacerdote tinha que ser um descendente de Levi. Os sumo sacerdotes que oficiavam perante Deus tinham que ser descendentes de Arão, bisneto de Levi. Para ser um sacerdote da ordem de Arão era necessário traçar seus ancestrais até Arão, mas ser um sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque era por nomeação Divina. Esse sacerdócio visto tipicamente e simbolicamente em Melquisedeque é cumprido essencialmente no Filho de Deus. Não faria mal algum usar esta verdade como confirmação da eterna Filiação de Cristo. Da Sua relação de Filho com o Pai não há princípio nem fim, nem há qualquer pensamento de sujeição ou inferioridade no Seu eterno relacionamento de Filho com o Pai.
O Senhor Jesus Se tornou um eterno sacerdote “segundo a ordem de Melquisedeque” (Sl 110:4; Hb 5:6; 6:20 ; 7:11, 17, 21). Ele é o eterno Filho que uma vez morreu, foi ressuscitado e continua para sempre no Seu sacerdócio, baseado na “virtude da Sua vida incorruptível” (7:16).
Portanto, Sua função de mediador na ordem do sacerdócio de Melquisedeque é superior. Este novo sacerdócio é baseado na promessa: “e visto como não é sem prestar juramento (porque certamente aqueles, sem juramento, foram feitos sacerdotes, mas Este com juramento por aquele que Lhe disse: Jurou o Senhor, e não Se arrependerá; Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque)” (7:20-21), e também baseado nEle como aquele que o pode garantir como o Mediador do Novo Concerto (7:22-28). Este é um sacerdócio perfeito que permanece para sempre. Diferente do antigo que mudava, este é administrado pelo eterno Filho de Deus para todos aqueles que estão na casa de Deus (9:15-10:21). Enquanto os sacerdotes Levitas ministravam somente a uma nação, o sacerdócio de Melquisedeque ministra a todos. Melquisedeque também prefigurava o Senhor Jesus, em que seus títulos se referem a Cristo como Rei de justiça e de paz (7:2).


Seu sacerdócio contínuo


O Senhor Jesus, como Filho de Deus, e em conformidade com a glória na qual Ele entrou através dos Seus sofrimentos e morte, está elevado muito acima dos anjos. Era necessário que Ele passasse por sofrimentos e morte conforme o plano divino. Pelos Seus sofrimentos e morte Ele glorificou o Pai; Ele aniquilou o pecado; Ele aboliu a morte; Ele destruiu o poder do diabo (Hb 2:14-15), e está coroado de glória e de honra: “Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos” (Hb 2:9).


O sacrifício para serviço


O Senhor Jesus ofereceu-Se a Si mesmo a Deus para ser, sobre a cruz, um sacrifício pelo pecado. O escritor aos Hebreus compara o sacrifício e ministério de Cristo com o dos sacrifícios e serviços levíticos.
Cristo como Sacrifício e Sumo Sacerdote enche o livro. Tipo e antítipo, sombra e realidade, se misturam para mostrar a natureza do sacrifício redentor de Cristo e Seu ministério sumo sacerdotal que segue. O Senhor Jesus veio à Terra para efetuar uma obra completa. Antes da cruz Ele declarou: “Eu glorifiquei-Te na terra, tendo consumado a obra que Me deste a fazer” (Jo 17:4). Para enfatizar o caráter final do Seu sacrifício, o escritor aos Hebreus usa a frase: “pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez” (10:10). O sacrifício de Cristo cumpre e substitui todos os sacrifícios típicos. O sacrifício de Cristo de Si próprio é a dádiva da Sua vida pela humanidade. Este sacrifício é tão eterno quanto Ele mesmo. Não pode ser repetido. Em contraste com os sacrifícios levíticos, este sumo sacerdote não necessitava “como os sumo sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez Ele, uma vez, oferecendo-Se a Si mesmo” (7:27). O sacerdote levítico se apresentava para oferecer continuamente, sua obra era inconclusa e incompleta. Desde o sacrifício matinal até o sacrifício da tarde havia contínuo derramamento de sangue e carcaças consumidas pelo fogo. Aqueles sacrifícios apontavam para o futuro, para o verdadeiro sacrifício pelo pecado, para a verdadeira expiação que seria feita de uma vez por todas por Cristo na cruz. Nele temos um sacrifício que muito transcende o sacrifício de animais, pois incluiu o próprio Filho de Deus. Na cruz Ele foi o verdadeiro cordeiro pascal.
Ele entrou no santuário celeste, na presença do Pai em virtude do Seu sangue, tendo obtido para nós uma eterna redenção. Cristo, uma vez, levou os pecados do homem, na cruz. Ele não os leva mais. “Levando Ele mesmo em Seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro” (I Pe 2:24).
O caráter final da obra redentora de Cristo não deixa espaço para dúvidas ou argumentos. Seu sacrifício é a solução para a questão do pecado. Ele não é uma de muitas soluções, Ele é a única solução. Ele não é um aspecto da verdade, nem um ramo das religiões do mundo. Ele é a Verdade. Sua obra sacrificial é uma verdade totalmente abrangente, inclusiva e incomparável: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4:12). O caráter final da obra redentora de Cristo para a redenção do homem é a grande verdade central das Escrituras. Todas as outras verdades são influenciadas por este tema. A alma pecadora pode ser redimida unicamente através da obra que Cristo realizou sobre a cruz. A cruz estava sempre diante dEle, por isso lemos em Hebreus 10:5: “Entrando no mundo diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo Me preparaste”. A cruz era a Sua hora
designada. Em diversas ocasiões anteriores ao jardim, os homens procuraram matá-lO, mas não puderam, porque “ainda não era chegada a Sua hora” (Jo 7:30). Mas quando a Sua hora designada chegou, nada podia impedir a imolação do sacrifício. A base da obra de Cristo como Sacerdote é o Seu sangue derramado. O Novo Testamento sempre retrata o sangue de Cristo como tendo qualidades redentoras positivas.
Enquanto o sangue de homens e de animais é corruptível, o sangue de Cristo, de modo algum, se corrompe. Ele é absolutamente fundamental na obra de salvação.
Por exemplo, ele purifica: “E o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (I Jo 1:7). Ele justifica: “Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:24)1. Ele reconcilia: “Havendo por Ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dEle reconciliasse consigo mesmo todas as coisas” (Cl 1:20). Ele redime: “Em quem temos a redenção pelo Seu sangue, a remissão das ofensas” (Ef 1:7). Ele Santifica: “Jesus, para santificar o povo pelo Seu próprio sangue, padeceu fora da porta” (Hb 13:12).
Assim entendemos que o sangue de Cristo é a moeda corrente do Céu.
O pecador não pode apelar para qualquer outra coisa, pois não há nada mais disponível. O homem pode apelar a Deus somente pelos méritos do sangue de Cristo e Seu sacrifício perfeito. O cristão nada tem em si mesmo para oferecer.


Mas sangue mais rico fluiu De veias mais nobres,
Para purificar a alma da culpa

E limpar as mais rubras manchas.
(Horatius Bonar)

 


O alcance do serviço


A função primária de um sumo sacerdote é mediar entre o homem e Deus. A necessidade desta obra surgiu por causa da separação resultante do pecado. A tentação de Satanás no Jardim do Éden resultou na desobediência e na queda do homem. Na pessoa do Seu Filho Deus estendeu a Sua mão e procurou restaurar o homem a Si. Esta reconciliação somente pode ser realizada através da obra reconciliatória de Cristo, que fez a paz pelo sangue da Sua cruz: “E que, havendo por Ele feito a paz pelo sangue da Sua cruz, por meio dEle reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus” (Cl 1:20). A graça reconciliadora de Deus é operada somente através de Cristo. Como vimos, a obra sacrificial de Cristo é completa e forma a base da Sua contínua obra sacerdotal.
Qual é o alcance do presente serviço sumo sacerdotal de nosso Senhor Jesus Cristo? Visto que Ele é um Sacerdote para sempre, é importante entender a obra sacerdotal que Ele continua a realizar. Não pode ser sacrifício, pois esta obra foi completada de uma vez por todas.
Entretanto, o efeito daquela obra é contínuo; Cristo entrou no Seu ministério Sumo Sacerdotal no poder da Sua obra sacrificial, e em relação ao cristão, a aplicação da obra redentora é realizada no serviço contínuo de Cristo no Céu. Cristo não sacrifica mais, mas intercede: “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7:25). O sentido literal da palavra interceder é “passar entre”. Indica a mediação entre dois grupos, tendo em vista reconciliar divergências. No Novo Testamento a palavra significa toda forma de ação em nome de outros, mas enfatiza a súplica pelo favor de Deus para com o homem. Em João 17:9-20 temos uma visão desta obra, quando o Senhor Jesus orou antes de entrar no jardim: “Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são Teus. E todas as Minhas coisas são Tuas, e as Tuas coisas são Minhas; e nisso Sou glorificado. E Eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e Eu vou para Ti. Pai santo guarda em Teu nome aqueles que Me deste, para que sejam um, assim como nós. Estando Eu com eles no mundo, guardava-os em Teu nome. Tenho guardado aqueles que Tu Me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse. Mas agora vou para Ti, e digo isto no mundo, para que tenham a Minha alegria completa em si mesmos. Dei-lhes a Tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como Eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como Eu do mundo não sou. Santifica-os na Tua verdade; a Tua Palavra é a verdade.
Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo.
E por eles Me santifico a Mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em Mim”. Estas palavras mostram algo do coração de Cristo em favor dos Seus, e são um lindo exemplo da Sua obra intercessora.
Vemos também o trabalho intercessor de Cristo enquanto Ele estava na Terra. No cenáculo, em relação a Simão: “Mas Eu roguei por ti” (Lc 22:32). Este exemplo na experiência de Pedro mostra Sua atuação em nosso favor em relação a Satanás. Se Satanás tivesse livre curso, ele destruiria e arruinaria completamente o filho de Deus na Terra. Se dependesse da nossa força, logo cairíamos. Mas Ele sabe, Seus olhos observam o inimigo assim como velam sobre nós. Ainda é assim conosco, Ele intercede por nós mesmo antes que o maligno possa se aproximar, e assim podemos sair vitoriosos do conflito. Seu pedido para que o Consolador fosse enviado (“E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador”, Jo 14: 16), demonstra o Seu interesse na nossa proteção espiritual.
Duas outras passagens em Hebreus revelam alguns dos benditos detalhes sobre a presente obra sacerdotal do Senhor Jesus em nosso favor. “Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque naquilo que Ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são [‘estão sendo’, JND] tentados” (Hb 2:17-18). “Visto que temos um grande Sumo Sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb 4:14-16). A primeira passagem nos fala da propiciação que Ele fez pelos pecados do Seu povo.
Ele sofreu, sendo tentado, e esta é a base do Seu serviço de intercessão.
A passagem do cap. 4 nos diz como Ele foi equipado, enquanto esteve na Terra, para este grande ofício. Enquanto esteve aqui, Ele foi tentado em todos os pontos, assim como nós somos, mas sem pecado. Ele nunca poderia ser tentado pelo pecado interior, pois nEle não há pecado. Ele passou por toda dificuldade possível que um homem poderia enfrentar na Terra, com exceção do pecado. Agora Ele pode ser o fiel e misericordioso Sumo Sacerdote, e como tal compreender todas as nossas dores e provações. Ele se compadece conosco nos nossos conflitos e dificuldades.
Todavia, Ele não intercede pela carne, nem se compadece com o pecado. Pela Sua intercessão misericordiosa e ininterrupta no santuário Ele nos sustenta individualmente na senda da vida. Ele nos dá forças para suportar, pois se não fosse pela Sua intercessão, haveríamos de cair pelo caminho. Com a provação vem a força para suportá-la, porque o grande Sumo Sacerdote vive e intercede. Ele sabe tudo sobre as nossas circunstâncias, e na ternura do Seu amor e na força do Seu poder, Ele nos toma nos Seus braços amorosos sempre que as provações e tribulações nos sobrevêm. Ele é o nosso representante perante Deus, e estamos eternamente no Seu coração.
Devido ao ministério sumo sacerdotal de Cristo, todo cristão pode ter plena confiança e certeza ao se aproximar a Deus. Não há nada que possa impedir o cristão de entrar na presença de Deus. A compreensão de que Cristo tem se identificado plenamente com as fraquezas da nossa humanidade é um incentivo para virmos a Deus. Como em Hebreus 4:14-16: “Visto que temos um grande Sumo Sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”. Adicionalmente, a apreciação de que Cristo abriu para sempre a entrada, pelo sacrifício de Si mesmo, é um incentivo para virmos a Deus: “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus” (Hb 10:19).


Diante o trono de Deus acima
Eu tenho uma forte, uma perfeita defesa,
Um grande Sumo Sacerdote, cujo nome é Amor,
Que sempre vive e me defende.
(C. L. Bancroft)

 


A compaixão do serviço


Assim, vimos que o Senhor Jesus, nosso grande Sumo Sacerdote, foi selecionado de entre os homens. Ele era o único por meio de quem a obra de reconciliar o homem com Deus poderia ser realizada. Em segundo lugar, vimos a Sua obra sacrificial que foi plenamente aceitável a Deus. Terceiro, vemos Seu trabalho como advogado a nosso favor perante Deus. Não havia outro que pudesse assumir a nossa causa. Por natureza somos pecadores perdidos, merecendo unicamente a condenação, não assistência. Mas Ele se dispôs a nos representar diante de Deus. Quarto, vemos Cristo na Sua obra de compaixão, exercendo um ministério de comiseração e incentivo. Embora possa não estar evidenciado no Velho Testamento, um sacerdote piedoso iria mostrar compaixão e compreensão para com aqueles que a ele viessem trazendo sacrifícios pelos seus pecados. O Senhor Jesus no presente intercede pelo Seu povo. Num sentido, Sua obra é completa, mas Ele ainda tem um ministério sacerdotal contínuo de intercessão. Ele intercede por nós!
Ele está à destra de Deus a nosso favor. “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7:25).
Também, temos um sacerdote que Se compadece conosco nas nossas provações. Quando tentamos compartilhar os sentimentos  de outros que estejam sofrendo, somos limitados, porque talvez não temos provado aquela provação específica pela qual eles estão passando. Entretanto, o Senhor Jesus entende cada provação pela qual o Seu povo passa, e pode condoer-se conosco: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4:15). O escritor aos Hebreus usa um duplo negativo para enfatizar a verdade positiva da declaração feita neste versículo. Nós temos, sim, um Sumo Sacerdote que conhece, sim, os sentimentos do Seu povo e é tocado por eles. Ele compreende a nossa situação porque esteve aqui, foi testado e provado como nós somos, a não ser pelo pecado. Ao lermos os relatos da Sua vida aqui na Terra nos Evangelhos, vemo-lo à sós, cansado da jornada, com fome e com sede. Ele foi odiado, rejeitado, zombado, caluniado e desprezado por muitos. Ele conheceu a pobreza, provou a dor e chorou junto a uma sepultura. Oh! Quão capacitado Ele é para ter compaixão de nós quando passamos pelas provações da vida. Aqui na Terra Ele conheceu toda dificuldade possível, com exceção do pecado. Ele conhece todos os nossos conflitos e problemas aqui no mundo. Pela Sua intercessão misericordiosa e ininterrupta no santuário, Ele nos preserva, individualmente, no caminho da vida. Se não fosse por aquela intercessão, cairíamos pelo caminho. O povo de Deus, muitas vezes, teme as tribulações, dificuldades, perdas e desgraças que possam vir. E não raramente aquilo que tememos acontece, mas com a tribulação, com a perda, vem a força para suportar tudo. Isto é porque o Grande Sumo Sacerdote vive e intercede. Ele conhece tudo e em todos os momentos e circunstâncias, Ele é o nosso representante diante de Deus. Ele sabe
que somos como os discípulos: pobres, fracos, pecadores e ignorantes, e nos trata como os tratou. Ele os amava, velava sobre eles com paciência incansável; orava por eles para que a sua fé não desfalecesse e compreendia as fraquezas da sua carne. Como nosso Sumo Sacerdote, Ele é cheio de terna compaixão. Ele tem uma compreensão perfeita, tendo provado as variadas emoções e sentimentos que nós temos. Ele sabe o que é para uma alma estar entristecida e sobrecarregada. Portanto, podemos vir a Ele esperando plena, terna e profunda compaixão. Podemos ser fortalecidos e confortados, sarados e restaurados. Ele receberá o crente pobre, ferido e banhado em lágrimas, enxugará as suas lágrimas e dirá a nós como disse a Paulo: “A Minha graça te basta” (II Co 12:9). Ele conhece, e de fato permite, nossos tempos de necessidade, para que possamos clamar e receber misericórdia e achar graça para sermos ajudados (Hb 4:16). Ele enviará socorro oportuno antes de sucumbirmos às enfermidades e tentações que vêm sobre nós. O trono de Graça está acessível e Ele é quem não permitirá que sejamos tentados acima do que podemos suportar. Ele enviará o livramento da provação no momento certo, quando o propósito da provação tiver sido cumprido, tudo por causa da Sua obra de compaixão como Grande Sumo Sacerdote.
Ele é nosso Grande Sumo Sacerdote, continuamente perante o Pai. Todo o socorro que necessitamos está disponível, o trono de Deus está acessível. Que possamos ir a Ele com ousadia. É interessante que esta exortação é dada depois que o escritor nos fala do ministério sumo sacerdotal de Cristo. O fato que Ele intercede por nós nunca deveria fazer-nos negligenciar a oração. O fato bendito do interesse amoroso do Senhor por nós e por nossas vidas neste presente século mau, cercados de perigos e toda sorte de males, será um grande incentivo a nós na nossa vida de oração. Suas orações deveriam nos motivar a orar. Podemos ir ao Pai e contar-Lhe tudo que nos perturba. Ele Se interessa por nós e conhece os sentimentos dos nossos corações; portanto podemos ir a Ele em oração. Ele Se deleita em nos ouvir; Seu ouvido está sempre aberto.
Se ficarmos cansados e afadigados na obra do Senhor, podemos contar isto a Ele. Se nos sentimos solitários e incompreendidos, ou se os dardos inflamados do inimigo são lançados contra nós, podemos nos recorrer à Sua presença em oração. Que maravilhoso Grande Sumo Sacerdotenós temos. Em que ministério Ele está engajado por nós! Ele morreu  por nós, oferecendo o Seu sangue a Deus para expiar os nossos pecados, e agora, tendo nos trazido à fé, Ele exerce um ministério contínuo a nosso favor.
Há uma linda figura deste ministério sumo sacerdotal de Cristo nas vestes do sumo sacerdote do Velho Testamento. Nos seus ombros havia duas pedras de ônix, e em cada uma delas estavam gravados os nomes de seis das tribos. Ele os levava nos seus ombros, que é o lugar de força, até a presença do Senhor (Êx 28:9-12). Também fazia parte do seu traje oficial, um peitoral com doze pedras preciosas. Cada uma destas tinha gravado nela o nome de uma tribo, e eram carregadas pelo sacerdote sobre o seu peito, próximo ao centro das suas afeições, quando ele comparecia perante o Senhor (Êx 28:15-29). Que figura maravilhosa das atividades do nosso Grande Sumo Sacerdote. Ele carrega os nossos fardos e nos leva junto ao Seu coração. O fato destes nomes serem gravados é precioso; se estivessem somente escritos poderiam ser apagados.
Mas estavam gravados, e nunca poderiam ser apagados. Quão bendita é a verdade da nossa segurança.

 

No Seu coração nossos nomes estão gravados,
Nos Seus ombros somos carregados.
(R. C. Chapman)

 


O desafio do Seu sacerdócio


Quando o escritor aos Hebreus termina o seu argumento quanto à superioridade de Cristo, ele apresenta sua exortação final do livro. A seção a partir de 10:19 desafia o leitor quanto à sua responsabilidade ao Cristo que é superior. Há um Homem na glória; o cristão tem um Grande Sumo Sacerdote na presença de Deus. Com isso em mente, podemos assim exercer ousadia (confiança) ao entrarmos no santuário. O cristão tem liberdade para entrar no santuário, que é a presença de Deus, onde Cristo está assentado à destra do Pai. Esse acesso tornou-se possível “pelo sangue de Jesus” (Hb 10:19), e somos instados a fazer uso dele. O dom é grande demais, e o preço pago alto demais, para deixarmos de aproveitar e entrar. Muitas vezes falhamos ao não aproveitarmos dos privilégios que temos em Cristo. Há o perigo de negligenciarmos os benefícios da morte de Cristo e vivermos no nível da cristandade  cultural. Um caminho vivo foi aberto, que é novo no sentido que acesso a Deus como este nunca foi conhecido antes da entronização de Cristo à destra de Deus. O acesso está disponível, o Sumo Sacerdote está a postos (10:21), e isto traz as seguintes responsabilidades.
 

Cheguemo-nos (10:22)
Somos convidados a usar o caminho de acesso que Cristo tornou disponível. Aqueles que se chegam são descritos como tendo um “coração sincero, em plena certeza de fé, tendo os corações purificados de uma consciência má, e lavados os corpos com água pura” (Hb 10:22, VB). Aqueles que foram purificados interiormente e que demonstram esta purificação externamente foram capacitados a se chegar.

 

Retenhamos (10:23)
Chegar a Deus possibilita ao cristão apegar-se ou reter. O incentivo é para que retenhamos a confissão da nossa esperança. Nossa vida e proceder, como cristãos, são destacados. Sabemos que temos entrada ao Santo dos Santos, mas esta exortação irá afetar o nosso andar no mundo.
De fato, já que Cristo ressuscitou dentre os mortos, podemos reter a nossa esperança sem vacilar, e a razão pela qual podemos fazer isso é que aquele que prometeu é fiel.

 

Consideremo-nos uns aos outros (10:24,25)
Consideração mútua leva a benefício mútuo. Esta consideração é para encorajar uns aos outros, para que as melhores qualidades sejam evidenciadas. O resultado benéfico desta exortação é que o cristão ficará feliz em estar presente onde e quando os outros cristãos se reúnem, e esta comunhão não será abandonada. Este incentivo mútuo não pode acontecer se os cristãos negligenciam as reuniões. Incentivo requer um contato pessoal; temos que estar presentes para encorajar. O perigo na igreja primitiva era que alguns estavam deixando o ajuntamento dos santos para retornar à sinagoga judaica. A igreja sabe, desde o pricípio, que estar juntos é uma parte vital da sua habilidade de funcionar, e ao nos aproximarmos do final da era da Igreja, tanto mais importante se torna estarmos juntos, encorajando uns aos outros.
O fato de termos um Grande Sumo Sacerdote não é uma verdade apenas para o Lugar Santíssimo; somos responsáveis por controlar nos sas vidas à luz deste grande fato.


Ofereçamos sempre … a Deus sacrifício de louvor (Hb 13:15)

“Portanto, ofereçamos sempre por Ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o Seu nome”. O Senhor Jesus na qualidade de nosso Grande Sumo Sacerdote apresenta a Deus nossos sacrifícios espirituais. Apresentamos a Deus, através do Senhor Jesus Cristo, nossa adoração, nossos louvores e nossas orações. Elas são um tanto incompletas e imperfeitas, mas ao serem apresentadas a Deus por Ele, elas são aceitáveis a Deus, e por esta razão são um prazer para Ele.
Portanto, não sejamos mesquinhos com nossas ofertas.


Conclusão


“Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus” (Hb 4:14). Realmente não sabemos plenamente quanto devemos à bendita e preciosa obra presente do nosso Senhor na glória. Que revelação bendita será quando conheceremos como somos conhecidos, quando contemplaremos as nossas vidas passadas e perceberemos o que a intercessão do Senhor Jesus Cristo realizou por nós e por todos os santos de Deus.
 

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