O Dom Deus

Certo dia, uma menina de quase onze anos, filha única duma viúva pobre e doente, andava nas ruas de Londres, procurando uvas, receitadas pelo médico para sustentar as forças da mãe. Mas as uvas eram sempre caras, e a menina só tinha umas moedinhas no bolso. 

Triste e desanimada, chegou em frente dum edificio vasto e bonito, do qual um soldado guardava a entrada.

"Que lugar é este?", perguntou ela.

"É o palácio de Buckingham", respondeu o guarda; "o rei mora aqui".
"Posso falar com ele? Minha mãe está moribunda e precisa de uvas, e talvez o rei tenha algumas para me vender?
"Não, meu bem", disse o soldado; "não posso lhe dar licença para entrar aqui" - mas naquele momento chegou um moço bem trajado e o soldado lhe fez     menina e compreendendo logo a situação, convidou-a para entrar no palácio.
Ele conduziu-a por vários pátios, até que chegaram a um prédio de aço e vidro - uma estufa, dentro da qual se cultivava, num calor artificial, grandes quantidades de uvas para a mesa do rei. Ali, o príncipe cortou cachos da belíssima fruta, e encheu o regaço da menma.
"Ora - disse o moço - leve estas para sua mãe, e quando ela precisar mais, venha cá recebê-Ias".
"Oh - disse a menina, alegre porém um pouco assustada - agradeço-lhe muito, mas receio que o meu dinheiro não baste para comprar tantas uvas!"

"Não há necessidade de dinheiro", respondeu o príncipe; "estas uvas pertencem ao meu pai, e ele não as vende; ele somente as dá!"

Que menina feliz, recebendo de graça as uvas do rei! E que rei bondoso, suprindo assim as necessidades da pobre mulher! Que palavras lindas foram essas: "Meu Pai não vende; somente dá". E nós também temos um Pai, um Rei, que não vende as Suas riquezas, mas sempre as dá, de graça, aos necessitados que as pedem. 

É verdade que há muitos que, não conhecendo o coração de Deus, julgam necessário comprar as Suas bênçãos por meio das boas obras, de merecimentos pessoais, das penitências, das cerimônias religiosas, e até por meio do dinheiro gasto em esmolas ou em donativos para qualquer fim religioso ou caridoso. Há os que deixam de trabalhar nos sábados, e se abstém de

certas comidas, pensando que assim merecerão (e assim comprarão) a salvação e as demais bênçãos de Deus!

Mas o Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo não é assim; Ele não vende; ELE SOMENTE DÁ. O melhor homem deste mundo não é bastante bom para merecer a salvação, e todo o dinheiro no mundo não bastaria para comprar a vida eterna para uma única pessoa. Mas o que diz a Escritura? "Deus amou o mundo de tal maneira que DEU o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não se perca mas tenha a vida eterna" (João 3: 16). O sinal do verdadeiro amor é a dádiva; quem ama dá. E Deus DEU o Seu bem-amado Filho, para morrer como sacrificio pelos nossos pecados.

"EU DOU às Minhas ovelhas a vida eterna" diz Jesus (João 10:28). Ele não lha vende - "o DOM gratuito de Deus é a vida eterna por Cristo Jesus nosso Senhor" (Romanos 6:23). Diz também: "Pela graça sois salvos por meio da fé; isto não vem de vós; é

DOM DE DEUS. Não vem das obras, para que ninguém se glorie", (Efésios 2:8,9). Cremos a palavra de Deus, ou não? E melhor crermos o que Deus nos diz, e vir receber de graça a nossa salvação pela fé em Cristo, do que confiarmos na palavra dos ensinadores enganados e interesseiros. O coração orgulhoso do homem sempre quer MERECER a salvação, e nunca o poderá fazer. Mas ao coração humilde do pecador que, arrependido, crê na palavra do próprio Deus, vem este convite de conforto e salvação: "Quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de GRAÇA da água da vida" (Apocalipse 22:17). Jesus disse: "A minha paz EU VOS DOU". Graças a Deus pelo Seu dom inefável!

"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por Cristo Jesus nosso Senhor" (Romanos6:23).

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