ANDAR EM ESPÍRITO

«Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne». 
 
Não é nos colocando sob a lei que temos poder contra o pecado. O Espírito Santo, dado em virtude da ascensão de Cristo, nossa Justiça, à direita de Deus, é o poder do Cristão. 
Ora os dois poderes, a carne e o Espírito, estão em perpétuo antagonismo um com o outro: 
A carne procura impedir-nos de andarmos segundo o Espírito, quando quisermos fazê-lo; e o Espírito desiste aos movimentos da carne para a impedir de concretizar a sua vontade. (Note-se que o sentido do fim do Galatas 5.17 não é:
«para que não façais», mas sim: «para que não pratiqueis»).
Mas, se somos conduzidos pelo Espírito, não estamos sob a lei (Gálatas 5.18). 
A santidade, a verdadeira santidade, é cumprida sem a lei, do mesmo modo como a Justiça, que não é fundada sobre ela. Mas não há dificuldade para julgarmos entre o que é da carne e o que é do Espírito.
O apóstolo enumera os tristes frutos da carne, juntando-lhes o testemunho certo de que aqueles que fazem semelhantes
coisas não herdarão o Reino de Deus (Gálatas 5.19-21). 
Os frutos do Espírito são igualmente evidentes no seu carácter, e certamente contra tais coisas não há lei (Gálatas5.22-23). Se
andarmos segundo o Espírito, a lei não encontrará em nós nada para condenar. Os que são de Cristo crucificaram a carne e as suas concupiscências. É a sua característica, como verdadeiros Cristãos. Se os Gálatas realmente viviam, era pelo Espírito. Deviam, pois, andar em Espírito. 
Tal é a resposta àqueles que então procuravam e àqueles que ainda hoje procuram introduzir a lei como meio de santificação e como guia: O poder e a regra para a santidade estão no Espírito. A lei não dá o Espírito. Além
disso (porque é evidente que essas pretensões de observar se tinham até afrouxado o freio ao orgulho da carne) os Cristãos não devem ser cobiçosos de vanglorias, provocando-se uns aos outras, invejando-se uns aos outros.
 
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