A igreja local e a sua edificação

O mais comum dos verbos hebraicos que significa “edificar” é usado nas primeiras páginas da Bíblia, onde lemos de um trabalho que foi realizado antes de qualquer homem trabalhar em qualquer construção (Gn 2:22; “formou” na AT). O Construtor era o próprio Senhor Deus, e Ele trouxe ao homem o que tinha formado (ou edificado). Não era uma construção material onde Adão poderia se abrigar, pois parece que não havia necessidade de qualquer abrigo no Éden, mas era a mulher que o Senhor Deus tinha formado. Ele trouxe a mulher a Adão, que a chamou “mulher, porquanto do homem foi tomada” (Gn 2:23). A Bíblia termina com cenas que revelam “a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus” (Hb 11:10), assim confirmando que o Construtor que deixou Adão dar nomes à Sua obra, ainda está envolvido em construir.

No Velho Testamento também achamos muitas coisas que foram edificadas por homens: a torre nas planícies de Sinar (Gn 11:2-5); as cidades-armazéns de Faraó, chamadas Pitom e Ramessés (Êx 1:11); o Tabernáculo e seus móveis (Êx 25-40); o primeiro templo em Jerusalém e seus móveis (I Reis 5-8, II Cr 2-7); as outras casas que Salomão construiu (I Rs 7:1-12); o segundo templo em Jerusalém (Ed 2-6); e outros edifícios incluindo, por exemplo, a “grande Babilônia” construída por Nabucodonosor (Dn 4:30). Sabemos como os discípulos ficaram admirados com o Templo, que tinha sido ampliado e embelezado por Herodes, o Grande (Mt 24:1-2; Mc 13:1; Lc 21:5). O Templo era famoso pela sua arquitetura magnifica de pedras brancas e fachada de ouro.

O Novo Testamento também está repleto de referências a construções.

 O Sermão da Montanha (Mt 5-7) termina com o próprio Senhor Jesus usando a figura de uma construção para destacar a importância de ouvir e obedecer os Seus ensinos. Ele estava usando figuras para mostrar que Seus ensinos forneciam a única rocha sobre a qual uma vida pode ser edificada; todos os outros fundamentos eram como a areia, e não resistiriam à chuva, enchentes e ventos que certamente viriam (Mt 7:24-27). Ele usou a mesma figura para descrever uma obra que Ele mesmo iria fazer; aliás, uma obra que somente Ele poderia fazer — a obra de edificar a Sua Igreja (Mt 16:13-18). O Senhor reconheceu que outros também estavam construindo, outros que não tinham lugar para Ele ou para o Seu ensino naquilo que pretendiam estabelecer. Ele expôs tais planos clandestinos quando declarou: “A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça do angulo” (Mt 21:42). Ele não teria parte naquilo que aqueles edificadores (que Pedro claramente identificou como as autoridades, os anciãos e escribas de Israel, At 4:5, 11) estavam edificando. Eles não sabiam que a sua construção não teria futuro, e que em quarenta anos tudo que estavam edificando seria como o Templo em que se gloriavam — não ficaria pedra sobre pedra que não seria derrubada (Mt 24:2). Mas o que Ele edificaria seria para a eternidade, e assim haveria “glória na igreja por Cristo Jesus, em todas as gerações, para todo o sempre” (Ef 3:21).

O vocabulário relacionado com edificação é frequentemente usado no Novo Testamento. A metáfora de edificação ocorre em Atos, Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, Colossenses, I Tessalonicenses, I Timóteo, Hebreus, I Pedro e Judas. A palavra “edificar” (oikodomeo), que ocorre com tanta frequência nas cartas de Paulo, é a mesma palavra grega traduzida em outros lugares do Novo Testamento “construir”. Ele a usa no sentido de fortalecer a constituição cristã com boa alimentação espiritual, da mesma maneira que uma alimentação balanceada saudável fortifica a constituição física (Rm 14:19; 15:2, 20, etc.). Contudo, este desenvolvimento espiritual pessoal não é o foco da figura de construção em passagens como Mateus 16:13-18; I Coríntios 3:9-15; Efésios 2:19-22; Hebreus 3:1-6; I Pedro 2:4-9. Em quatro destas cinco referências o contexto não está relacionado com a edificação pessoal, mas com a edificação da “minha igreja” (Mt 16:18); “um santuário … morada de Deus” (Ef 2:21-22); “Sua [de Deus] casa” (Hb 3:6); “uma casa espiritual” (I Pe 2:5). Nestas quatro passagens, indivíduos são vistos como as pedras pelas quais estes edifícios espirituais são construídos. A exceção na lista de metáforas mencionadas é I Coríntios cap. 3, que não é sobre o indivíduo sendo edificado na sua santíssima fé, nem sobre ele sendo uma pedra viva num edifício. Neste tempo presente, e até a vinda do Senhor para arrebatar Seus santos, como observaremos, pode haver glória a Deus numa igreja local reunida ao nome do Senhor Jesus Cristo, quando os salvos edificam aquela igreja usando ouro, prata e pedras preciosas.

Como já notamos, na Igreja que o Senhor Jesus está edificando, haverá glória a Deus eternamente, como Efésios 3:21 confirma.

Edificação é a terceira metáfora que Paulo usa em I Coríntios 3. A primeira metáfora foi sobre alimentar bebês num berçário (vs. 1-5); a segunda é sobre plantar e regar no campo (vs. 6-9a); a terceira é sobre edificar. O apóstolo deixa bem claro que ele está descrevendo o seu ministério, e o de outros, metaforicamente, pois ele descreve as crianças sendo alimentadas como “meninos em Cristo”; o campo é a “lavoura de Deus” (v. 9); e a construção é o “edifício de Deus” (vs. 9b-15). O propósito destas metáforas é imediatamente evidente: não é para engrandecer os servos, como o apóstolo deixa muito claro no cap. 4, mas para enfatizar que todos que têm o privilégio de ser crianças na família de Deus, ou plantas na Sua lavoura, ou edificadores na Sua casa, são responsáveis ao próprio Deus. Precisamos frequentemente ser lembrados de que a igreja local numa comunidade é a igreja de Deus (1:2)! Mais tarde Paulo descreverá outro ajuntamento local como “casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e baluarte da verdade” (I Tm 3:15). Que privilégio santo é estar associado com uma igreja de Deus! Quão impressionante esta responsabilidade! Quão solene considerar que a igreja local pertence ao próprio Deus!

I Coríntios 3 é, obviamente, sobre edificar no contexto de uma igreja local; se bem que fortalecer a igreja local traria também bênçãos àqueles na sua comunhão, pois seriam fortalecidos como indivíduos.

Nos caps. 12-14, e especialmente no cap. 14, onde a palavra “edificar” ou seus sinônimos ocorre sete vezes, o apóstolo mostrará como a edificação da igreja local (vs. 4, 12) edifica o indivíduo cujo entendimento não é infrutífero. Aqui, a ênfase do Espírito Santo não é o cristão individual, mas o fundamento e os materiais usados pelo construtor.

Devemos novamente enfatizar que os materiais usados na edificação da qual Paulo fala não são santos individuais, que “não são estrangeiros, nem forasteiros” (Ef 2:19), e que conservam “firme a confiança e a glória da esperança até ao fim” (Hb 3:6). O apóstolo não se refere a pedras, que são aqueles que já provaram “que o Senhor é benigno” (I Pe 2:3) e que tem “fé igualmente preciosa” (II Pe 1:1). Em I Coríntios 3:12 os materiais de construção (“ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha”) não tem o mesmo valor; seria inapropriado falar destas coisas como sendo “igualmente preciosas”. De fato, “o fogo” provará que alguns destes materiais são sem valor perante Deus. Quando ouro, prata e pedras preciosas são edificados naquela estrutura espiritual, isto claramente redundará em glória para Deus.

I Coríntios — Direção permanente

I Coríntios é uma carta importante por várias razões. Um fato interessante é que Paulo, embora tratando de assuntos que tinham surgido na igreja em Corinto, propositadamente não tinha ido a Corinto, e comunicou com eles por meio desta carta inspirada. Assim o ensino, escrito desta forma permanente, estaria fornecendo às igrejas locais os recursos que precisariam, quando apóstolos como Paulo não estivessem mais com eles. Os apóstolos foram dons fundamentais dados somente no primeiro século (Ef 2:20). Nunca foi a intenção do Cabeça ressurrecto fornecer outro grupo de apóstolos em qualquer outro período posterior. Os apóstolos completaram o seu trabalho e nos deixaram cartas inspiradas para nos guiar depois da sua partida. Entre os salvos em Corinto, nem todos tinham a maturidade espiritual para reconhecer que Paulo não estava se ausentando deles por motivos egoístas carnais.

Não poderia se esperar que eles reconhecessem que a ausência de Paulo legaria à gerações de cristãos mais uma carta inspirada de importância duradoura. No entanto, era de se esperar que tivessem mais confiança em Paulo do que estavam evidenciando. Ele não tinha perdido interesse neles, nem estava tão ocupado com outros que se esquecera deles. Sua ausência estava testando a prontidão da igreja de manter condições nas quais Deus seria glorificado entre eles. Foi esta sua ausência que supriu o que, mais tarde, provou ser direção escrita permanente, tanto para a igreja em Corinto como para outras que posteriormente procurariam servir o mesmo Senhor. Além disso, sua ausência lhes deu a oportunidade de tratar das influências corruptíveis que foram permitidas a se manifestar na igreja local.

O plano de Paulo era visitá-los logo depois de escrever I Coríntios, apesar das acusações contra ele (I Co 4:18-19). Ele sabia que uma visita imediata exigiria o uso da vara apostólica: ele seria obrigado a julgar o pecado que eles não tinham julgado, e que estava agindo entre eles como o fermento na massa (I Co 5:6-7). Cerca de 1.550 anos antes de Paulo escrever esta carta, Moisés também chegou num ponto quando ele não podia entrar no arraial de Israel. Ele estava carregando as tábuas da Lei que, se apresentadas naquela hora, teriam significado morte para

muitos deles. Interpretando mal as razões da sua ausência, Israel comentou: “quanto a este Moisés … não sabemos o que lhe sucedeu” (Êx 32:1, 19). Talvez alguns dos coríntios estivessem dizendo o mesmo de Paulo. Entretanto, havia entre eles aqueles que não tinham este pensamento, especialmente os da casa de Cloé, que valorizavam o apóstolo, presente ou ausente. Falando humanamente, foi o contato deles com Paulo que motivou esta carta, pois tinham comunicado com Paulo sobre alguns dos problemas que afligiam a igreja local (I Co 1:11).

O apóstolo afirmou, enfaticamente, que esta carta não seria importante somente para Corinto. Nas suas saudações iniciais, Paulo liga a igreja em Corinto com “todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (1:2). O mesmo Senhor era reconhecido por outros naquele dia, como o é também em nossos dias. O mesmo Deus era, e ainda é, fiel àqueles que foram “chamados para a comunhão de Seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor” (1:9).

Em fidelidade àqueles que invocaram o nome de Jesus Cristo nosso Senhor, antes que o Novo Testamento estivesse completo, o Cabeça exaltado deu apóstolos por meio de quem a verdade de Deus podia ser revelada. Paulo lembrou Timóteo que ele (Timóteo) sabia de quem tinha aprendido as coisas que o capacitariam a ficar firme perante “homens maus e enganadores” (II Tm 3:13). Timóteo as tinha ouvido de um apóstolo, portanto tinha a certeza da veracidade de tudo que ele ouviu. O apóstolo João iria escrever, mais tarde, que o sinal da vida divina é dar ouvidos aos apóstolos. Ele insistiu que crentes genuínos não duvidavam, e não duvidam do ensino dos apóstolos: nós os apóstolos “somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve” (I Jo 4:6). Hoje, os verdadeiros salvos não duvidam que I Coríntios é Escritura; eles sabem que esta carta aos coríntios é tão inspirada por Deus quanto, por exemplo, o evangelho de João ou a epístola aos Hebreus. Eles conhecem e respeitam as Escrituras como completas (Cl 1:25); inerentemente exatas, sendo inspiradas por Deus (II Tm 3:16), e com autoridade que não se pode questionar. Paulo dirá aos coríntios que a autoridade da sua carta não era menor do que as outras Escrituras: “… as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor” (I Co 14:37). Seja em relação ao viver santo ou às responsabilidades cristãs, ou à ordem da igreja, os mandamentos do Senhor não são tradições passadas de geração a geração, mas são as Escrituras. Concluímos que toda a direção permanente que um filho de Deus precisa quanto à igreja local está contida no Novo Testamento. O ensino da

epístola é para “todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” (I Co 1:2). É direção permanente para o período até a vinda do Senhor. Que glória uma igreja local pode trazer a Deus quando o único fundamento que já está posto é respeitado (I Co 3:11).

I Coríntios — Direção permanente sobre edificar

A orientação permanente dada em I Coríntios sobre como edificar na igreja local pertence à parte maior que trata de várias contendas que tinham sido relatadas a Paulo pela família piedosa de Cloé. Esta parte vai de 1:10 a 4:21. Paulo corajosamente começa mencionando o que ele tinha ouvido: “há contendas entre vós” (1:11). Ele acreditou no que tinha ouvido pois não era caso de calúnia, como o que lemos em Romanos 3:8. Diferentemente das igrejas em Tessalônica e Filipos, a carnalidade era bem evidente em Corinto, e por isso havia contendas. Paulo identifica algumas características que não eram produzidas pelo Espírito: partidarismo usando nomes como o de Apolo, Cefas e Paulo, e até um grupo afirmando partidariamente ter uma associação especial com o próprio Cristo (1:12-16). Ele continua mostrando que a sua exaltação da sabedoria mundana e carnal, que tinham antes da sua conversão, estava fazendo-os desprezar o apóstolo e seus ensinos (1:17-2:16). Seu orgulho em si mesmos e na sua capacidade os enaltecia, enquanto evitavam a vergonha da cruz (4:1-21). De fato, talvez pensassem que, por causa dos seus muitos dons espirituais, a igreja de Deus em Corinto era um modelo para outras igrejas. O cap. 3 certamente não ensina que eram um grupo especial de santos cuja espiritualidade era reconhecida

desde “Jerusalém até ao Ilírico” (Rm 15:19), ou admirada “em todas as igrejas dos santos”(I Co 14:33). A Bíblia não justifica a carnalidade, nem limita os mandamentos do Senhor aos espirituais. Lamentavelmente, numa igreja local reunida ao nome do Senhor Jesus, pode haver irmãos carnais e também irmãos espirituais. A orientação permanente sobre edificar dada em I Coríntios 3 deve ser observada por cada membro em comunhão numa igreja local. O primeiro versículo mostra que Paulo fala também aos carnais: “E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais” (3:1). Cada irmão e irmã precisa aprender como edificar. Paulo, na direção do Espírito de Deus, vai considerar como cada um deve edificar, e o que deve edificar: “como edifica” (v. 10); “qual seja a obra [o material] de cada um” (vs. 12-15).

Devemos enfatizar novamente, aqui, que o contexto é a edificação espiritual da igreja local. Entende-se que cada salvo estará em comunhão numa igreja local, reunida em nome do Senhor Jesus, Senhor tanto dos coríntios como nosso, que somos de Cristo. Que glória havia no primeiro século quando cada santo, numa localidade, entendia o significado de estar reunido ao nome do Senhor Jesus e valorizava todos que estavam envolvidos na edificação!

Edificando sobre o fundamento

Quando ele falou da igreja em Corinto como uma lavoura, Paulo coloca Apolo ao seu lado: “Quem é Apolo, quem é Paulo?” (v. 3). Naqueles versículos ele pôde usar a primeira pessoa do plural “nós”: “… nós somos cooperadores com Deus” (v. 9). Agora Paulo reconhece que esta edificação incluía outros, mas a diferença nas responsabilidades era mais acentuada, portanto no v. 10 ele se refere ao seu próprio trabalho usando a primeira pessoa do singular “eu”, e para o trabalho que não era seu, ele usa a palavra “outro”.* Ele escreve na primeira pessoa do singular porque em Corinto ele sozinho lançou o fundamento sobre o qual ele irá falar. Paulo lançou o fundamento enquanto outro está edificando† sobre aquele fundamento. Aquele que agora está edificando deve ter cuidado “como” ele edifica (v. 10), e que tipo de material ele usa (v. 13). Tendo lançado o fundamento, Paulo estava preocupado em como o outro iria construir. Ele teve a responsabilidade de lançar o fundamento e, “como sábio arquiteto”, tinha recebido a sabedoria necessária para esta tarefa.

Em graça, e não por mérito seu, Deus o tinha capacitado para lançar o fundamento. Devemos lembrar que o lançamento do fundamento em Corinto é descrito nas passagens históricas do livro de Atos, e em mais detalhes nesta epístola, para que possa haver, para cada geração de cristãos que surgir até o Arrebatamento, uma compreensão sobre o fundamento e como edificar sobre ele. A sabedoria especial dada a Paulo beneficiou Corinto e todas as outras cidades em que ele lançou o fundamento de uma igreja local, e ainda beneficia aqueles que procuram seguir o padrão Divino. Onde esta sabedoria estiver faltando, o construtor pode insensatamente construir sem um fundamento (Lc 6:49).

Ninguém deve duvidar da reivindicação singular de Paulo de ser um “sábio arquiteto” (v. 10). Ele recebeu sabedoria, como também Bezalel e Aoliabe, que construíram o Tabernáculo (Êx 31:1-6), e como Salomão, que edificou o primeiro templo em Israel (I Rs 5:7; II Cr 2:12).

* No grego, allos.

† No grego o tempo verbal é o presente contínuo.

Na cidade de Corinto, conhecida por sua imoralidade, Paulo lançou o fundamento de uma grande obra de Deus. Contudo, a palavra “arquiteto” pode sugerir mais do que sua capacidade própria. Com a devida humildade, Paulo usa a frase: “como sábio arquiteto” (v. 10), e com isto ele pode estar inferindo que ele estabeleceu um padrão que deve ser seguido em nossos dias. Nenhuma outra pessoa foi levantada por Deus para nos dar ensino que devemos seguir em relação à ordem e prática na igreja local.

É evidente que o apóstolo esperava respeito pelo fundamento que ele lançara (v. 10). De fato pelo Espírito ele acrescenta que “ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (v. 11). Pode ser que as palavras são formuladas para frisar que o único fundamento que pode ser lançado é aquele fundamento lançado pelo próprio Deus, “que é Jesus Cristo”. Ao lançar o fundamento da igreja em Corinto, Paulo pregou Cristo, Sua Pessoa e Sua obra:

• “… nós pregamos a Cristo crucificado” (1:23);

• “Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus” (1:24);

• “Cristo … sabedoria, e justiça, e santificação e redenção” (1:30);

• “Cristo nossa Páscoa” (5:7);

• “Jesus Cristo Senhor nosso” (9:1);

• “Cristo morreu pelos nossos pecados … foi sepultado … ressuscitou” (15:3-4);

• “O Senhor Jesus Cristo” (16:22).

Como estava cada construtor edificando sobre aquele fundamento?

Estava construindo com sabedoria, com cuidado e para a glória de Deus? Que grande glória uma igreja local pode trazer a Deus quando todos os que constroem respeitam o único fundamento que foi lançado (3:11).

Mas quem é este “outro” que está edificando sobre o fundamento que o apóstolo lançou? Paulo não diz que o edificador, o “outro” mencionado, é Apolo (v. 10). Parece improvável que Paulo teria “aplicado estas coisas por semelhança” a si mesmo e Apolo “por amor de vós” (4:6).

Não temos razão para pensar que Apolo, a quem Paulo reconheceu, sem reservas, como ministro de Deus (v. 5), e a quem estava incentivando a voltar a Corinto (16:12), edificaria com madeira, feno ou palha.

Paulo não está criticando seu irmão Apolo, mas está admoestando “cada um”  (vs. 10, 13); “alguém” (vs. 12, 14, 15). A importância da aplicação deste seu ensino pode ser especialmente oportuna para aqueles que ensinam os santos, mas não devemos pensar que somente estes edificam os santos.

Talvez edificar seja o trabalho principal daqueles que ensinam, mas outros edificam, ao usarem os seus diferentes dons de acordo com a graça que receberam (Rm 12:6). Esta “manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil” (I Co 12:7). Quando o Tabernáculo estava sendo construído, não somente Bezalel e Aoliabe foram capacitados para o trabalho, mas Deus já tinha “dado sabedoria ao coração de todos aqueles que são hábeis” (Êx 31:6). De fato, antes que Bezalel e Aoliabe fossem identificados, Deus já tinha equipado outros com “o espírito da sabedoria” para fazerem vestes para Aarão (Êx 28:3). O Espírito reconheceu não somente o ministério de Paulo e Apolo, mas também de outros que seriam os responsáveis por edificar sobre o fundamento já lançado.

Parece que os santos em Corinto estavam indevidamente ocupados com os dons mais espetaculares que “pôs Deus na igreja” (I Co 12:28), especialmente o dom de línguas, tanto que os mandamentos do cap. 14 formaram parte desta primeira carta a Corinto. Não está no âmbito deste capítulo tratar dos dons temporários listados em 12:7-28 e seu propósito, todavia, a ênfase no cap. 14 sobre profetizar, edificação e entendimento é notável. Paulo reconheceu a necessidade dos santos serem ensinados. Ele afirma que o dom do ensinador (doutor) era, e é, para este fim (12:28; Ef 4:11-16). Seria ir além da evidência desta epístola sugerir que, quando o dom de línguas era exercido em Corinto, nada permanente foi edificado sobre o fundamento. Durante aquele período, antes da conclusão do cânon das Escrituras, Paulo reconheceu que haveria algum benefício limitado no uso do dom de línguas, se fosse acompanhado pela interpretação, mas “cinco palavras na … inteligência” seriam de valor mais durável “do que dez mil palavras em língua desconhecida” (14:19). Nós, que vivemos depois da cessação do dom de línguas, não devemos agora ser distraídos como a igreja em Corinto foi.

Portanto, aqueles que ensinam na igreja de Deus devem ter o cuidado de edificar os santos; ao assim fazerem precisam edificar ouro, prata e pedras preciosas sobre o fundamento que está posto. Seu esforço não será sem recompensa! O Deus que anotou os nomes e o esforço daqueles que edificaram o muro nos dias de Neemias (Ne 3) conhece cada construtor hoje, e como Paulo mostra aqui, recompensará cada um que edifica para a Sua glória.

Edificando sobre o fundamento, mas com que material?

Paulo agora lista seis tipos de materiais de construção que seriam achados em qualquer cidade comercial do século I: ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha. Diariamente os coríntios podiam ver “edifícios suntuosos de granito e mármore, enfeitados com ouro e prata, e também as favelas dos pobres com paredes de madeira, e telhado de palha”,* as frestas das quais eram tapadas com feno para proteger melhor do vento e da chuva. Será que estas são apenas metáforas interessantes, ou elas ilustram uma realidade que devemos notar? Na série de afirmações que começam com “Se† …” todas têm hipóteses que são verdadeiras; Paulo está dizendo: “Vamos considerar casos atuais, não apenas casos hipotéticos. É verdade que alguns edificarão ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha (v. 12); é verdade que a obra de alguns permanecerá (v.14), e que a obra de alguns será completamente queimada (v. 15); que alguns receberão galardão e outros sofrerão dano”.

Divisões econômicas marcavam aquela grande cidade, e sem os esforços dos pobres não haveria ricos. Mas não deve ser assim entre os santos.

Não havia qualquer necessidade para alguém edificar com materiais que não “permaneceriam”.

W. E. Vine espiritualiza o ouro, prata e pedras preciosas:

O ouro parece descrever o caráter e atributos morais da Trindade, a plenitude dos quais habitam em Cristo … a prata, a redenção efetuada por Deus em e por meio de Cristo; as pedras preciosas falam daquelas verdades que revelam as excelências da Pessoa e caráter de Cristo.

* CONYBEARE, W. J. e HOWSON, J. S. The Life and Epistles of St. Paul. London: Longman, Green, Longman and Roberts, 1862; pag. 31.

† No grego, todas são ei com o indicativo.

Schrader, mais fantasiosamente, escreve:

Alguns edificam com o ouro da fé, com a prata da esperança e com as pedras preciosas e imperecíveis do amor; outros com a madeira infrutífera e morta das boas obras, com a inútil palha do conhecimento sem vida e pomposo, e com o fraco feno de um espírito continuamente    dúvidas.*

Também foi observado que “o homem não pode produzir os primeiros três, e os outros são o produto da natureza”. Há, obviamente, uma diferença considerável nos valores dos seis materiais. Entretanto, a diferença mais provável deve ser entre os que são inflamáveis e os que não são. A lição que o apóstolo ensina desta sua metáfora é sobre o que “permanecerá” e o que “será queimado” (vs. 14-15).

Nas Suas parábolas sobre as minas e os talentos, o Senhor falou sobre um dia de prestação de contas. Pedro fala indiretamente deste tempo de prestar contas, que fará com que alguns tenham entrada abundante no reino (II Pe 1:11); João fala da necessidade de não ser envergonhado na Sua vinda (I Jo 2:28); enquanto Paulo fala abertamente sobre o Tribunal de Cristo, usando a figura do fogo que examina e manifesta a obra de cada um (I Co 3:13). Paulo afirma que haverá dois possíveis resultados naquele dia para o cristão: permanecer ou queimar (vs. 14-15), ou seja, galardão ou dano. Quando Roma nomeou Múmio comandante da Guerra da Acáia, ele facilmente venceu Dieu, que ofereceu pouca resistência. Múmio entrou em Corinto e matou à espada todos os homens; as mulheres e crianças ele vendeu como escravos, e as estátuas, pinturas e obras de arte foram enviadas em navios para Roma. Então, em obediência às ordens do senado romano, “incentivado pelo partido mercantil, ansioso para acabar com seu perigoso rival comercial”, ele deliberadamente incendiou a cidade de Corinto. O grande fogo deixou em pé somente os edifícios de pedra dos ricos, mas reduziu à cinzas as moradas dos pobres.

O fogo foi tão intenso, dizem, que os metais se derreteram e se misturaram, e pela primeira vez o bronze foi formado. Mas o uso de bronze na África e China antes do grande fogo de Corinto anula esta afirmação.

Entretanto, o fato de alguns pensaram que a origem do bronze podia ser creditada ao Fogo de Corinto realmente mostra que a intensidade do fogo que destruiu a cidade foi terrível. O Grande Fogo de Londres, em 1666, ainda é lembrado. O Grande Fogo de Corinto em 146 a.C., um pouco mais de um século antes de Paulo escrever esta carta, certamente ainda seria lembrado séculos depois de ter queimado tudo que era de madeira, palha e feno. Assim, cada um dos leitores de Corinto teria alguma compreensão da lição que Paulo estava ensinando. Eles saberiam que ele estava ensinando sobre naquela solene prestação de contas no Tribunal de Cristo, quando o Senhor manifestará o que permanecerá e o que será queimado, assim como o grande fogo de Corinto testou o material de cada casebre e de cada edifício notável que encontrou no seu caminho.

* Citado por ALFORD, H. Alford’s Greek Testament, Vol.2. Baker Book House, reprinted 1980: pág. 493.

Três verbos sinônimos enfatizam como será evidente naquele dia o que não podemos ver claramente agora: “manifestar”, “declarar” e “descobrir” (v. 13). A natureza verdadeira da obra de cada um será vista porque o fogo naquele dia revelará tudo que talvez estivesse escondido.

Ninguém disputará o resultado daquele Tribunal; todos concordarão com Aquele que se assenta no Tribunal.

Mas, quem são os descritos nas palavras “alguém” (vs. 12, 14, 15) e “cada um” (duas vezes no v. 13)? No contexto acima, o dia se refere ao Tribunal de Cristo e se refere ao cristão. O contexto de edificar sobre o fundamento deve ter confirmado ao leitor inteligente que o Tribunal de Cristo é o que está em vista. Os que não têm vida divina são totalmente incapazes de edificar qualquer coisa na igreja local, e se morrerem sem Cristo comparecerão perante o Grande Trono Branco (Ap 20:11-15), e não perante o Tribunal de Cristo. Cada salvo deve entender que o Novo Testamento não apresenta um julgamento geral onde os salvos e não salvos comparecerão juntos. No Tribunal de Cristo o discernimento de Cristo manifestará a natureza dos materiais que o cristão usou na edificação da igreja local. O ensino do v. 15 deixa bem claro que mesmo aqueles que usaram madeira, feno e palha, são salvos. Não existe aqui, nem em qualquer outro lugar na Bíblia, a doutrina do purgatório.

O valor que o Senhor dá à edificação correta da igreja local com aquilo que permanecerá se tornará evidente quando o fogo do exame minucioso divino avaliará a obra de cada um. Quem construiu com materiais que permanecerão, será recompensado (v. 14). A natureza do galardão não é especificada aqui, mas temos a natureza da avaliação e um aspecto desta avaliação: a natureza da avaliação é discriminatória; o aspecto do serviço avaliado é aquilo “que alguém edificou” no fundamento que foi lançado. Em outras partes do Novo Testamento outros aspectos do serviço que serão investigados naquela ocasião são mencionados: as obras feitas no corpo e nossa atitude para com nossos irmãos (II Co 5:10; Rm 14:10).

O apóstolo indica que haverá aqueles que receberão galardão, mas também haverá aqueles que sofrerão detrimento (v. 15). A mesma estrutura gramatical tira qualquer possibilidade disto ser meramente um caso hipotético; ele enfatiza que realmente acontecerão tais casos tristes.

Também, as frases “receberá galardão” (v. 14) e “sofrerá detrimento” (v. 15) são um contraste impressionante. Ambos os indivíduos eram construtores; um recebeu galardão e o outro sofreu detrimento. Para evitar qualquer possibilidade de criar confusão sobre a segurança eterna dos salvos, o Espírito moveu Paulo a usar a palavra “salvo”. Também, para evitar a possibilidade de alguém desconsiderar a seriedade de perder o galardão, o Espírito o moveu a acrescentar, “todavia como pelo fogo” (v. 15). Que cada um que ensina possa se esforçar para edificar com ouro, prata e pedras preciosas para a glória de Deus. Que cada um que exerce o seu dom tenha cuidado de que esteja também edificando sobre o fundamento com aquilo que permanecerá.

A conduta na edificação de Deus

Tendo revelado verdades solenes sobre o Tribunal de Cristo, agora no v. 16 o apóstolo Paulo imediatamente chama atenção a um edifício que se sobressai pelo seu título: “templo de Deus”.* Ele o apresenta, como faz com outros assuntos nesta carta, de tal maneira que os primeiros leitores teriam entendido que em efeito ele estava dizendo: “Vocês, coríntios, que se gloriam em conhecimento (1:5; 8:1-2, 10-11; 13:2, 8), não sabem que são o templo de Deus?” Ele não diz que este templo foi feito pelos que edificavam com ouro, prata e pedras preciosas. O título “templo de Deus” pode indicar mais do que quem ali habita e deve ser honrado; pode também sugerir que o Edificador é o próprio Deus. Não é uma edificação parcialmente construída, onde os construtores ainda estão construindo. O templo feito por Salomão não foi ocupado por Deus até que o trabalho fosse completado (I Rs 8:10-11; II Cr 5:13). A demora para a glória do Senhor encher o Santíssimo lugar não foi por causa do descuido de Salomão em permitir que seus construtores usassem padrões de comportamento inaceitáveis. Alias, quando aquela Casa estava em construção não se ouviu o barulho de martelo ou machado ou qualquer outra ferramenta de ferro (I Rs 6:7). As pedras chegaram ao local da construção já preparadas e prontas para serem colocadas.

Somente depois da conclusão da obra é que Deus dignou-Se de habitar no Templo, como quase quinhentos anos antes uma nuvem não cobriu “a tenda da congregação, e a glória do Senhor” encheu o Tabernáculo até que Moisés terminasse a obra e levantasse também o pátio ao redor do Tabernáculo e altar (Êx 40:33-34). Este templo também está completo e funcionando.

* Tem sido observado que no texto grego o artigo definido não qualifica “templo” nas três ocasiões em que a palavra ocorre nos vs. 16-17. O apóstolo está indicando que a igreja local em Corinto é caracterizada como templo de Deus. Assim também a falta do artigo grego qualificando “corpo de Cristo” (12:27) e “casa de Deus (I Tm 3:15) identifica o que as igrejas em Corinto e Éfeso eram caracteristicamente.

O substantivo “templo” (vs. 16-17) é naos no grego, que indica não a construção geral do Templo, mas o santuário interior — o lugar Santíssimo — onde somente o sumo sacerdote ousava entrar uma vez por ano, e não sem sangue (Hb 9:7). Deus não habita mais em edifícios feitos por mãos humanas, mas entre os santos reunidos ao nome do Senhor Jesus. (Paulo usa o substantivo mais comum, hieron, em 9:13, para descrever as construções do Templo, e esta palavra também ocorre várias outras vezes no Novo Testamento, por exemplo, em Mt 4:5; Jo 2:14; At 2:46.) Em I Coríntios 3:16, Paulo faz a pergunta retórica: “Não sabeis vós que sois o templo [santuário interior] de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós”? Ele não diz que a igreja em Corinto “cresce para templo santo no Senhor” (Ef 2:21), antes, ele os descreve como já sendo “uma morada de Deus em Espírito” (Ef 2:22). Contudo, foi somente depois da obra de Calvário e da vinda do Espírito Santo que qualquer grupo de pessoas foi reconhecido por Deus como Seu templo, numa localidade específica. O Espírito Santo não está falando aqui de um lugar específico onde a igreja de Deus em Corinto se reunia, mas do grupo de santos que se reuniam. Os coríntios deveriam saber que a presença de Deus entre eles os tinha constituído templo de Deus.

Como Salomão exigiu reverência na casa que ele estava construindo para o Senhor, assim também com o templo de Deus em Corinto; Paulo requereu dos coríntios que ninguém destruísse o templo de Deus (v. 17). No contexto de I Coríntios 3, “destruir” (ou melhor, “corromper”) refere-se, não tanto à imoralidade e os outros pecados mencionados no cap. 5, mas à sabedoria humana que se gloriava nos homens (vs. 18-21).

É a sabedoria humana que introduz doutrinas falsas, a fonte das quais geralmente é o próprio maligno. A gravidade destas doutrinas corruptas, até destruidoras, se torna evidente na retribuição especificada no v. 17: “Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá, porque o templo de Deus … é santo”. Deus mesmo vindicará a Sua santidade.

Para que ninguém deixasse de perceber que Paulo estava se referindo à igreja de Deus em Corinto, ele acrescenta: “… que [templo] sois vós” (v. 17). A destruição de Ananias e Safira por causa da sua mentira contra o Espírito Santo é um exemplo de Deus agindo em poder quando eles tentaram enganar (At 5:1-11). Também I Coríntios 11:30 pode ser outro exemplo desta retribuição divina sobre os destruidores.

Mas como foi diferente quando a glória de Deus encheu as casas que Moisés e Salomão edificaram! Enquanto os sacerdotes se comportaram com o devido respeito para com a santidade de Deus, Ele tinha prazer em habitar entre eles. Eles tinham o privilégio de honrá-lO com ofertas voluntárias, quando seus corações agradecidos eram exercitados a agradecer pelas Suas bênçãos. Numa casa espiritual, chamada aqui por Paulo “o templo de Deus”, o próprio Deus era glorificado. Que este mesmo privilégio seja estendido a nós até que o Senhor Jesus venha, para que Deus possa ser glorificado nas igrejas locais do Seu povo, reunindo ao nome do Senhor Jesus.

Até que Ele venha

A orientação dada por Deus sobre o que O agrada está registrada de forma permanente nas Escrituras. Durante quase dois mil anos o povo de Deus tem tido acesso a esta orientação, e alguns têm procurado a graça para colocar em prática o ministério de Paulo, aquele “sábio arquiteto”. Apesar de muitas falhas, há em todo o mundo manifestações deste ministério nas igrejas reunidas ao nome do Senhor Jesus Cristo.

Mas estes testemunhos locais que honram a Deus nem sempre serão achados nos países onde agora resplandecem como luzes num mundo escuro. No Arrebatamento, todos os salvos desta época serão levados para encontrar com o Senhor nos ares (I Ts 4:13-17). O período do testemunho das igrejas terminará. Com certeza Deus não ficará sem testemunho; Ele levantará aqueles que darão testemunho de Cristo, mas estes não edificarão como o “sábio arquiteto” nos ensinou. Edificar com ouro, prata e pedras preciosas para a glória de Deus é o privilégio dos santos deste período, que começou no dia de Pentecostes e que terminará com o Arrebatamento. Assim, devemos tomar muito cuidado para edificar sobre o fundamento e edificar com ouro, prata e pedras preciosas. Que cada partícula daquilo que edificamos no fundamento que foi lançado evidencie a Sua glória! (Sl 29:9).

Por Tom Wilson, Escócia

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